Os tipos e benefícios da aprendizagem bilíngue

Vídeo educativo do TED mostra quais são os tipos de bilinguismo e como o cérebro se desenvolve quando aprendemos uma nova língua

É claro que conhecer mais de uma língua nos ajudará em muitos momentos.  Numa entrevista de trabalho, para viajar ao estrangeiro, assistir filmes de outros países, são alguns exemplos simples. Mas no vídeo educativo da plataforma TED, “The benefits of a bilingual brain”, é possível conhecer uma série de outras vantagens que teremos ao desenvolver um cérebro multilinguístico.

A educadora Mia Nacamulli explica que “a habilidade de linguagem é medida em duas partes ativas, falar e escrever.  E duas partes passivas, ouvir e ler. Enquanto um bilíngue equilibrado tem habilidades quase iguais em duas línguas, a maioria dos bilíngues do mundo conhece e utiliza suas línguas em proporções variáveis”, explica.

A partir das diferentes proporções, é possível distinguir em três diferentes tipos de bilinguismo:

  • Bilíngue Composto – desenvolve dois códigos linguísticos simultaneamente com um único conceito enquanto ainda começa a processar a linguagem. Por exemplo, uma pequena criança que aprende dois idiomas simultaneamente.
  • Bilíngue coordenado – trabalha com dois conjuntos de conceitos, enquanto aprende um idioma novo e mantém o idioma aprendido. Por exemplo, uma criança que aprendeu em um idioma, emigra e vive em dois ambientes linguísticos: a escola e a casa.
  • Bilíngue subordinado – aprendem uma língua secundária a partir da língua primária. Por exemplo, adultos que buscam aprender um novo idioma.

Mia Nacamulli afirma que todos os tipos de pessoas bilíngues podem se tornar proficientes em uma língua, independente de manter ou não sotaques e pronúncias. De acordo com estudos desenvolvidos por neurocientistas, o hemisfério esquerdo é mais dominante e analítico nos processos lógicos, enquanto o hemisfério direito é mais ativo nos processos emocionais e sociais.

Como a linguagem envolve ambos os tipos de funções, desenvolveu-se uma teoria de que existe um período mais crítico para o aprendizado. De acordo com esta linha, as crianças têm mais facilidade de aprender devido à plasticidade do cérebro que permite usar os dois cérebros para a aquisição da linguagem. Por outro lado, nos adultos, aprender um idioma estimula geralmente apenas o hemisfério esquerdo.

Se a teoria é correta, aprender idiomas na infância poderia aumentar a capacidade de compreender contextos sociais e emocionais mais facilmente. Mas na verdade, lembra a educadora, nem sempre foi assim. Até a década de 60, muitos pensavam que o bilinguismo era uma desvantagem. A princípio, as crianças podem levar mais tempo para dar respostas às questões da língua. Mas o processo mais lento significa mais atividade cerebral e melhor função executiva para a resolução de problemas e na alternação entre tarefas. Assim, o cérebro estará mais saudável, complexo e ativado.

Seja criança ou adulto, o aprendizado de outro idioma traz vantagem ao aumentar a densidade da matéria cinzenta que contém a maior parte das sinapses e neurônios, e a ativação em certas regiões cerebrais ao conversar em outra língua. Esta atividade cerebral pode prevenir ou atrasar doenças como a demência e o Alzheimer.

Nos mestrados de Formação de Professores da FUNIBER, programas como o Master in Teaching English as a Foreign Language possibilita a capacitação de professores com novos recursos para o ensino de uma nova língua.

Veja o vídeo completo:

Fonte: http://fnbr.es/3io

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