O Tour de France sempre foi considerado o auge do ciclismo, pois exige um bom treino e enormes quantidades de energia e treinamento.
Sempre se acreditou que apenas ciclistas profissionais poderiam participar desse evento. No entanto, um estudo recente publicado no Journal of Applied Physiology desafia essa suposição, sugerindo que até mesmo atletas recreativos têm o potencial de enfrentar o Tour de France. Essa pesquisa inovadora compara o desempenho e o gasto de energia de ciclistas recreativos e profissionais, lançando luz sobre as capacidades de atletas não profissionais que participam dessa corrida icônica.
Como o estudo foi conduzido?
O grupo de estudo incluiu um ciclista recreativo, um atleta masculino de 58 anos e um ciclista profissional do World Tour de 27 anos do mesmo gênero. Os pesquisadores analisaram os dados de potência da edição de 2023 do Tour de France, que cobriu uma distância total de 3.405 km e incluiu uma subida cumulativa significativa de 51.815 m.
Os pesquisadores obtiveram resultados surpreendentes
Surpreendentemente, o ciclista recreativo conseguiu completar a corrida em 191 horas, enquanto o ciclista profissional levou apenas 87 horas. A potência média gerada pelo ciclista recreativo foi de 1,50 W/kg, em comparação com os impressionantes 3,45 W/kg do ciclista profissional. Isso significa que o ciclista profissional foi capaz de manter um nível mais alto de intensidade durante toda a corrida.
Além disso, o estudo revelou o gasto de energia dos atletas durante o evento. Estima-se que o ciclista recreativo tenha um gasto energético diário total (TDEE) de 35,9 MJ, ou aproximadamente 4,3 vezes sua taxa metabólica basal (BMR) diária. Em comparação, o ciclista profissional tinha um TDEE ligeiramente menor, de 29,7 MJ, equivalente a aproximadamente 3,8 vezes sua TMB. Apesar do alto gasto de energia, ambos os ciclistas tiveram uma perda mínima de massa corporal, entre 0 e 2 kg.
Este estudo desafia a percepção comum de que apenas os ciclistas profissionais são capazes de suportar demandas físicas extremas, como as do Tour de France. A análise indica que mesmo indivíduos treinados de forma recreativa podem atingir níveis semelhantes ou até mais altos de gasto de energia (4 vezes sua taxa metabólica basal) em comparação com ciclistas profissionais. Isso foi possível graças ao maior tempo de exercício do ciclista recreativo, combinado com uma intensidade absoluta e relativa ligeiramente menor. Essas descobertas sugerem que o treinamento regular e a preparação adequada podem permitir que indivíduos motivados participem e concluam com sucesso esse icônico evento de ciclismo.
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Fontes: Physiology Journal: The Tour de France, also possible for mortals? A comparison of a recreational and a World Tour cyclist – Journal of Applied Physiology