Um estudo recente, publicado na revista Sports Medicine, indica que faltam pesquisas sobre os efeitos do treinamento CrossFit para a saúde dos praticantes
Cada vez ouvimos falar mais do treinamento CrossFit, uma modalidade esportiva que se popularizou em diversas partes do mundo. O treinamento, criado por Greg Glassman e usado inicialmente em policiais e militares dos Estados Unidos, reúne exercícios de força e intensidade.
Com os exercícios, Glassman criou um treino que pode melhorar a resistência cardiovascular, respiratória e muscular, aumentar a flexibilidade, a potência, a velocidade, o equilíbrio e a precisão. Atualmente, é considerado um dos métodos mais intensos e eficientes.
Porém, há poucos estudos científicos sobre os efeitos do treino para a saúde dos praticantes. Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo, no Brasil e a Universidade do Sul da Queensland, na Austrália, realizaram um estudo sistemático para conhecer quais pesquisas foram feitas sobre CrossFit.
No total, eles encontraram 31 artigos científicos publicados que puderam ser avaliados, e somente dois estudos tinham evidências fortes relacionadas a riscos para a saúde. Entre os estudos encontrados, o CrossFit foi relacionado com diversas variáveis como “a composição do corpo”, “parâmetros físicos e psicológicos”, “riscos de lesão muscular” e “aspectos de bem-estar social”.
Os pesquisadores revelam que num estudo mais amplo de meta-análise “não foram encontrados resultados relevantes para nenhuma das variáveis”, afirmam. “Há uma necessidade de melhorar as pesquisas metodológicas nos próximos estudos”, ressaltam. Mas eles indicam que alguns estudos mostraram altos índices de satisfação, senso de comunidade e motivação durante o treino de CrossFit.
A FUNIBER patrocina o Doutorado em Atividade Física e Esporte, uma oportunidade para os profissionais interessados em desenvolver pesquisas científicas sobre métodos de treinamento físico.
Fonte: CrossFit Overview: Systematic Review and Meta-analysis
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