Especialistas avisam que é importante realizar um reconhecimento médico prévio, contar com uma preparação física de alguns meses e ter hábitos saudáveis
Com a ocorrência cada vez mais frequente de mortes de corredores em maratonas populares, a questão que nos apresenta é: pode participar qualquer pessoa? De acordo com o personal training espanhol Antonio López, “quando alguém me pede que lhe prepara para correr uma maratona o vem buscando baixar muito a marca pessoal, o primeiro que eu faço é lembrar-lhe que vai submeter o corpo a um grande estresse”, disse.
De maneira prévia, este profissional prepara um questionário sobre os hábitos de vida para conhecer se a pessoa pode se expor com segurança a um grande esforço físico. Entre as perguntas, algumas como “controla a ingestão de vitaminas, proteínas de qualidade e carboidratos saudáveis?” ou “dorme entre 7 ou 8 horas diárias à noite, sempre à mesma hora?”. Se há alguma resposta negativa, então o preparador físico sugere metas mais simples e realistas. Além disso, a recomendação é começar a preparação 3 ou 4 meses antes da maratona.
O doutor José Ramón Barral, especialista em Medicina do Esporte no hospital HM Modelo da Corunha (Espanha), comenta que em eventos esportivos massivos participam pessoas com pouca preparação, “o que pode provocar alterações importantes do sistema renal, destruição massiva de músculos ou golpes de calor”, disse.
Como medida prévia, todos devem fazer um reconhecimento médico antes de praticar qualquer esporte. Especialmente nas atividades que exigem melhor condicionamento físico. Os profissionais na área de Esportes, nos cursos da FUNIBER, se capacitam para oferecer de maneira mais eficiente, um acompanhamento para a prática saudável de exercícios físicos.
Os profissionais que acompanham os esportistas, desde os amadores até os atletas de elite, realizam uma série de provas médicas para conhecer o estado de saúde de cada participante. Principalmente, em cardiologia esportiva, deve-se revisar todo o histórico clínico, conhecer os antecedentes familiares e fazer um ecocardiograma para descartar problemas cardíacos que durante a prática esportiva poderiam ser fatais.
Fonte: El País
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