O prêmio Campeões da Terra reconhece as pessoas, individualmente ou em grupo, que lutam para preservar o meio ambiente através de projetos que são inspiradores pelo trabalho e pela defesa dos recursos naturais.
O prêmio é outorgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em quatro categorias: Liderança política, Inspiração e ação, Visão empreendedora e Ciência e inovação.
Desde que iniciaram a entrega dos prêmios, em 2005, 93 pessoas foram premiadas e reconhecidas pelo trabalho desenvolvido, entre eles líderes mundiais, indivíduos e grupos ou organizações.
Em 2022 ano, Arcenciel, no Líbado, Constantino Aucca Chutas no Perú, Dra. Purnima Devi Barman, na Índia, e Sir Partha Dasgupta, da Universidade de Cambridge, foram premiados. Conheça um pouco sobre cada laureado:
Arcenciel, cuidando a gestão de resíduos no Líbano
A Arcenciel recebeu o prêmio de Campeão da Terra na categoria Inspiração e Ação de 2022, ao ajudar o Líbano a gerenciar seus resíduos nas últimas duas décadas.
Atualmente, a Arcenciel trata 87% do lixo hospitalar no Líbano, utilizando máquinas de esterilização a vapor para convertê-lo em lixo doméstico. Seu papel tornou-se ainda mais urgente durante a pandemia de COVID-19, que gerou dezenas de milhares de toneladas de resíduos médicos adicionais em todo o mundo, desde seringas, agulhas e kits de diagnóstico até máscaras, luvas e equipamentos de proteção individual. Somente em 2020, Arcenciel processou 996 toneladas de resíduos médicos.
Constantino Aucca, protegendo ecossistemas no Peru
“A conservação tornou-se uma necessidade”, disse Constantino Aucca recentemente durante entrevista ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Sua vocação de defesa da natureza foi fortalecida a pedido de seus avós, agricultores indígenas quíchuas. “Eles me falaram: olha, seu nome é Aucca, significa guerreiro. Tente fazer algo por nós, agricultores.”
Constantino Aucca dedicou os últimos 30 anos a atender a esse pedido e lidera as comunidades locais em um esforço para proteger as florestas da América do Sul, que são fundamentais para combater as mudanças climáticas e abrigam espécies únicas de plantas e animais.
A Associação de Ecossistemas Andinos, fundada por Constantino Aucca em 2000, plantou mais de 3 milhões de árvores no Peru e protegeu ou restaurou 30.000 hectares de terra.
Dra. Purnima Devi Barman, paixão pelas cegonhas
A Dra. Purnima Devi Barman, Campeã da Terra na categoria Visão Empreendedora deste ano, era apenas uma criança quando desenvolveu o gosto pelas cegonhas, uma ave que se tornaria a paixão de sua vida.
Criado pela doutora, o “Exército de Hargila” ajudou as comunidades a plantar 45.000 mudas perto de ninhos de cegonhas e zonas úmidas, na esperança de que elas apoiem futuras populações de cegonhas. Há planos de plantar mais 60 mil mudas no ano que vem. As mulheres também realizam campanhas de limpeza nas margens dos rios e nos pântanos para remover o plástico da água e reduzir a poluição.
“O trabalho pioneiro de conservação de Purnima Devi Barman capacitou milhares de mulheres, criando empreendedores e melhorando os meios de subsistência, ao mesmo tempo em que salvou a cegonha da extinção”, disse Inger Andersen, Diretora Executiva do PNUMA.
Sir Partha Dasgupta, relatório histórico sobre a destruição da natureza
O Sr. Dasgupta e sua equipe combinaram evidências científicas, econômicas e históricas com modelagem matemática rigorosa para produzir The Economics of Biodiversity: A Dasgupta Review.
Publicado em fevereiro de 2021, o relatório histórico mostra que o crescimento econômico teve um custo devastador para a natureza. Ele deixa claro que a humanidade está destruindo seu bem mais precioso, o mundo natural, ao viver além das possibilidades do planeta, e destaca estimativas recentes de que levaria 1,6 vez a Terra para manter os atuais padrões de vida.
Fonte: Champions of the earth
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