Série de fotografias reflete as consequências das atividades de mineração e extração no deserto de Atacama.
A coleção de imagens, que leva o título de “Agua, minería y éxodo”, é uma consequência da pesquisa realizada pelo fotógrafo chileno Marcos Zegers.
O projeto foi realizado entre 2015 e 2019 e, além de focar nos aspectos visíveis que essas atividades geraram na área, também explorou as consequências menos óbvias para os seres humanos, “associadas à migração e deslocamento cultural e conflitos em relação à disponibilidade de recursos hídricos”, destaca o site Plataforma Arquitectura.
A pesquisa coletou informações sobre outras áreas do norte do Chile e parte da Bolívia. O site mencionado destaca que essas práticas de exploração são cada vez mais comuns na América Latina, devido ao alto uso de recursos globalmente.
A falta de regulamentação sobre essas atividades e o modelo político neoliberal implantado no país no final da década de 1970 são duas causas que a pesquisa atribui à situação atual.
O fotógrafo foi inspirado por lugares do mundo como Grand Canyon no Arizona (Estados Unidos) ou Toscana (Itália), cuja exploração detalhada forneceu um grande número de imagens e ajudou a popularizá-las. Segundo Zegers, isso não aconteceu com o deserto do Atacama.
“Para mim, o deserto de Atacama não tinha essa condição, eu senti como território virgem. Com o tempo e após várias viagens, o que começou como uma jornada aleatória de registros revelou um mundo muito mais profundo, uma série de traços relacionados à história extrativa de um território. Uma história que vem do passado e é constantemente repetida, tem sido o destino de muitos territórios da América Latina”, afirma Marcos Zegers.
A série de fotografias foi premiada em 2019 como Imagem do ano Latam na categoria de meio ambiente.
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