Gig Economy: Economia do trabalho eventual

Cada vez mais empresas, principalmente da Europa, somam-se à Gig Economy como uma tendência de contratação, eventual, de pessoal qualificado à raiz da transformação digital

Segundo uma pesquisa recente da Oracle sobre a Gig Economy (economia do trabalho eventual) realizada em toda a Europa, 72% dos diretores de RH na Espanha acreditam que este modelo predominará no futuro, já que, como sustentam 46% deles, atualmente já é bastante comum contratar trabalhadores independentes para tarefas de alta qualificação.

A Gig Economy nasce diante da latente necessidade de realizar projetos curtos que produzam rentabilidade nas organizações. Neste contexto, Melanie Hache, diretora de desenvolvimento de soluções HCM da Oracle, explica que “a transformação digital das empresas requer perfis profissionais muito específicos para implementar projetos que têm uma duração determinada”. Na Espanha, 38% das empresas já contratam a maior parte de seus novos empregados em função de projetos, tendência crescente considerando a economia que supõe contratar um trabalhador independente ou autônomo, em termos de custos de segurança social.

Desafios da Gig Economy

O grande desafio da Gig Economy é a formação especializada, considerando que a chave competitiva está focada na qualificação diferenciada, é necessário que os profissionais capacitem-se nas últimas tendências e tecnologias. Mas, quem deve pagar pela capacitação destes empregados pontuais? Os responsáveis por Recursos Humanos na Espanha estão divididos, já que 48% asseguram que deveriam ser os empregadores, enquanto o resto opina que esta responsabilidade deveria recair sobre os empregados.

Uma possível solução para isto seria a formação ‘aberta’, opinam 42% dos responsáveis por Recursos Humanos pesquisados. Segundo este modelo, os materiais formativos estariam disponíveis de forma pública para os profissionais independentes, de maneira que possam ter acesso a eles e preparar as habilidades concretas requeridas para os postos disponíveis em cada momento.

Melanie Hache enfatiza que com a irrupção das novas tecnologias, que alteram os modelos de negócio e a forma de trabalhar, as empresas precisam de uma fonte de talento mais fluída, para que os novos trabalhadores eventuais possam agregar valor e colaborar com os membros permanentes da equipe de forma rápida. “Um modelo ‘aberto’ de formação poderia facilitar e conseguir que possam funcionar a pleno rendimento desde o primeiro dia”, afirma.

Além disso, investir na formação continuada através de mestrados on-line poderia ser outra maneira de manter-se vigente no mundo trabalhista. A FUNIBER te convida a revisar a ampla gama de mestrados e se candidatar às bolsas de estudos que a Fundação oferece.

 

Fonte de informação: La formación especializada, el gran desafío de la Gig Economy

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