Faltam cuidados primários para tratar deficiências visuais

Relatório publicada pela OMS, analisa pela primeira vez as condições de atendimento e tratamento das deficiências visuais da população.

Pela primeira vez, a Organização Mundial da Saúde se debruça sobre a situação da visão em todo o mundo, elaborando um relatório que aponta alguns fatores e desafios para o tratamento das deficiências visuais.

Segundo se estima, há mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo com problemas de visão por falta de atenção especializada. Alguns problemas como miopia, hipermetropia, glaucoma e cataratas poderiam ser controlados, se contassem com o tratamento adequado.

O Diretor Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirma que “as afecções oculares e a deficiência visual estão muito estendidas, e com frequência seguem sem ser tratadas”. Ele defende que a atenção oftalmológica possa estar incluída nos planos nacionais de saúde e nos serviços públicos, “é uma parte importante do caminho de cada país para a cobertura sanitária universal”, disse.

Ele lamenta que haja tantas pessoas, aproximadamente 65 milhões, que têm cegueira ou problemas graves de visão por falta de operação de cataratas.

O relatório mostra ainda que as pessoas que moram nas zonas rurais são as que mais sofrem com a falta de tratamento ocular, especialmente as mulheres, as pessoas idosas, populações indígenas, minorias étnicas e pessoas com deficiências.

A questão econômica marca também uma separação grande no tratamento das deficiências visuais. Em países com baixos ingressos econômicos as taxas de cegueira chegam a ser oito vezes superiores que a de países com altos ingressos.

O relatório ressalta a importância de integrar a atenção oftalmológica na atenção primária, para garantir que a prevenção, o diagnóstico precoce, o tratamento e a reabilitação possam ser acessíveis ao maior número de pessoas.

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Fonte: La OMS presenta el primer Informe mundial sobre la visión

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