A Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) divulga documento com recomendações a países para o cuidado das necessidades de atendimento à saúde da população migrante
A migração, muitas vezes, é uma necessidade para milhares de pessoas que buscam condições e oportunidades melhores de vida. Em muitos casos, no entanto, a migração pode trazer uma série de problemas para quem migra, entre eles, problemas de acesso a serviços de saúde.
Nos anos recentes, houve um aumento do número de pessoas que migram em massa no continente americano, com dois polos: migrantes da América Central para México e Estados Unidos, e migrantes desde a Venezuela para países da América do Sul e do Caribe.
Este translado de pessoas pode provocar desafios ao sistema de saúde dos países que recebem os migrantes e é importante assegurar as necessidades sanitárias desta população.
Para melhorar o atendimento sanitário dos migrantes nos países das Américas, a Organização Pan-americana de Saúde (OPS) apresentou na última semana de abril um documento com algumas orientações.
No documento, a organização sugere algumas linhas de ação para os países, ressaltando possíveis intervenções destinadas ao atendimento à população migrante. Esta linhas são:
- Fortalecer a vigilância das epidemias, a gestão de informação e monitoramento. Esta linha orienta a que os países possam reconhecer as necessidades específicas de saúde dos migrantes.
- Melhorar o acesso aos serviços de saúde da população migrantes. Esta ação sugere que os países consigam identificar quais são as barreiras enfrentadas pelos migrantes para ter acesso aos serviços de saúde.
- Conseguir facilitar a comunicação e a troca de informações para combater a xenofobia, o estigma e a discriminação. Nesta ação, a OPS espera que os países desenvolvam uma cultura de inclusão e solidariedade.
- Reforçar as relações entre os países para promover a saúde dos migrantes. Neste âmbito, recomendam a criação de alianças, redes e marcos que possam reunir diferentes agentes e setores para um esforço integral.
- Adaptar as políticas e os programas locais e nacionais.
Segundo Jarbas Barbosa, subdiretor da OPS, “há uma necessidade de articular a resposta de emergência de curto prazo, com o planejamento de médio e longo prazo para integrar as necessidades de saúde da população migrante”, afirmou.
Ele destaca ainda a importância de se trabalhar de maneira coletiva e solidária para abordar as necessidades de saúde das populações que migram e que recebem os migrantes, principalmente para defender as conquistas e a qualidade de vida na região.
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Fonte: OPS presenta orientaciones para mejorar la salud de los migrantes en países de las Américas
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