Nos últimos anos, vem surgindo movimentos contra a vacina, especialmente na Europa. Com isso, confrontamos argumentos que defendem a liberdade dos pais por optar por não vacinar, e outros, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que defendem a vacina como protetora da saúde infantil, e da saúde pública dos países
Você conhece tendências de antivacinação em seu país? Considera ético não vacinar os filhos e exigir sua permanência em creches e escolas? E é ético que se proíba a entrada destas crianças nestas instituições no caso de não serem vacinadas? Participe do debate!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou no dia 12 de setembro o Relatório Europeu de Saúde, que revela que ainda que exista um aumento da expectativa de vida e dados esperançosos quanto à morte prematura, a subvacinação cria obstáculos ao progresso de alguns países.
Em um mundo de contrastes na saúde pública, temos:
- Um continente africano onde estas organizações tentam combater a doença e a mortalidade através da promoção da vacinação com fundos mundiais e ONGs. No entanto, estes países seguem indesejavelmente pendentes na vacinação de milhões de anos a cada ano, especialmente crianças, resultando neste tipo de notícia: “Estima-se que 19,5 milhões de lactantes de todo o mundo ainda não recebem as vacinas básicas”. (OMS, 2018)
- Uma Europa na qual as autoridades se preocupam com a tendência e não vacinar as crianças por parte de alguns país que não confiam em sua necessidade, efetividade e tampouco segurança. Tais autoridades esclarecem: “No geral, as taxas de vacinação infantil estão melhorando em toda a Europa, porém os casos recentes de sarampo e rubéola em alguns países colocam em risco a capacidade da região de eliminar estas doenças” (OMS, 2018) Desta forma, estes movimentos colocam em risco a perda da imunidade do grupo diante doenças perigosas.
A subvacinação na Europa está sendo combatida por meio de relatórios e comunicações médicas e pediátricas onde se tenta defender a importância da vacinação para cada criança, mas também as comunidades no geral.
As instituições públicas de saúde alertam para os perigos da não vacinação, o que pode provocar contágios e epidemias, a volta de doenças mortais que estavam totalmente controladas, entre outros efeitos sociais, esclarecendo também sobre os mitos associados à vacinação.
Recentemente, a Holanda foi um pouco mais longe e propôs limitar o acesso das crianças às creches como medida de controle desta tendência preocupante de que “A irradicação [de doenças] está em perigo”, protegendo crianças que seguem o programa de vacinação regular e a sua saúde pública (“Sem vacinas, não há creche”: a medida estudada pela Holanda para frear os contágios”), Esta medida, por outro lado, foi considerada “(…) um gesto de discriminação que centros de cuidados infantis não aceitem uma criança se baseando nas crenças ou filosofias de vida de seus pais”.
Na FUNIBER acreditamos que a educação e formação acadêmica são parte fundamental dos meios para alcançar os objetivos propostos no Plano de Ação Mundial sobre Vacinas 2012-2020. Por isso, em nossos programas da Área de Saúde Pública, Bioética e Gestão e Pesquisa Sanitária, abordamos o tema da vacinação e convidamos ao debate de sua atualidade e realidade
Diante da atual situação, convidamos você a responder uma série de questões relacionadas: você conhece notícias nas quais se publicou sobre o tema e sobre as consequências da não vacinação em seu país? Qual é a tendência atual?
Ao voltar às aulas, após as férias, muitos pais se preocupam sobre os perigos de contágio e epidemias nos seus filhos. Seria ético considerar a não vacinação dos filhos e exigir sua permanência nas creches e escolas? E seria ético proibir o ingresso destas crianças nessas instituições no caso de não vacinação? E impor a vacinação infantil de maneira obrigatória? Justifique sua opinião.
Propomos a discussão destes temas e princípios e, além disso, identificar ou sugerir qual medidas devem ser tomadas para solucionar esta situação.
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