OMS pede mais pesquisas sobre o impacto dos resíduos plásticos para a conservação ambiental e a proteção da saúde
O plástico já é hoje um dos grandes problemas do planeta. Só no mar Mediterrâneo, ele representa 95% dos resíduos que contaminam as águas. Muitos deles se encontram em filamentos, com menos de 5 milímetros de diâmetro, e vão parar dentro dos animais.
Um estudo recente, encontrou a presença de plástico em fezes humanas, e se estima que cada pessoa poderia ingerir e respirar entre 70mil e 121mil partículas de microplásticos anuais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado no final de agosto pedindo que pesquisadores avaliem de forma exaustiva a presença destes microplásticos no meio ambiente e os efeitos para a saúde das pessoas.
“Precisamos urgentemente de mais dados sobre os efeitos na saúde dos microplásticos, que estão presentes em todas as partes, até mesmo na água que bebemos”, afirmou a Diretora do Departamento de Saúde Pública, Meio Ambiente e Determinantes Sociais da Saúde da OMS, Dra. Maria Neira.
Flutuando no mar Mediterrâneo
A Fundação Aquae, organização sem fins lucrativos para ações de sustentabilidade para o uso da água, publicou recentemente infográficos para alertar sobre o problema da contaminação do mar Mediterrâneo.
Segundo dados recompilados do Serviço de Estudos do Parlamento Europeu, Greenpeace e WWF, entre 20% e 54% das partículas de microplásticos existentes no planeta se acumulam neste mar. Segundo as estimativas, 134 espécies mediterrâneas estariam seriamente ameaçadas pelo resíduo.
Na Europa, a Turquia e a Espanha são os países que mais lançam plástico ao mar. Entretanto, em todo o planeta, o continente asiático é o grande poluidor: cada ano jogam mais de um milhão de toneladas de plástico às águas marinhas. Este valor representa 86,17% do total.
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Fonte: El Mediterráneo se convierte en el vertedero mundial de los microplásticos
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