Nuvens diminuem de tamanho devido à contaminação

A contaminação do ar dificulta o crescimento das nuvens, informa relatório da NASA, a partir de estudo sobre os efeitos da fumaça e dos contaminantes atmosféricos para o clima

O pesquisador da NASA Jonathan Jiang, pesquisou os efeitos dos contaminantes atmosféricos produzidos pelos homens na formação das nuvens convectivas profundas. Estas nuvens desempenham um papel importante para os ciclos de energia e de água, já que são responsáveis por uma proporção significativa das chuvas que acontecem em todo o mundo.

Ele observou os dados dos satélites CALIPSO e CloudSat, que orbitam na mesma rota desde 2006. O primeiro satélite mede a fumaça, a poeira, a contaminação e outras partículas microscópicas no ar. O segundo mede a localização e a altura das nuvens em todo o mundo.

A partir dos dados coletados pelo satélite CALIPSO foi possível classificar os aerossóis presentes na atmosfera. Segundo indica o relatório, as partículas contaminadas no ar absorvem a radiação de calor emitida pelo solo, aumentando a temperatura destas partículas, e consequentemente do ar. Por outro lado, ao bloquear a entrada de luz solar, o solo fica cada vez mais fresco.

Para a formação das nuvens, é necessário que o solo esteja mais quente que o ar, para que a humidade possa evaporar-se e condensar-se. Se a temperatura diminui, a consequência será a diminuição da quantidade e do tamanho das nuvens.

Os pesquisadores ressaltam que a poluição sem ser extrema pode energizar o crescimento das nuvens, e indicam que o tipo de aerossol é determinante para os efeitos sobre as nuvens observadas.

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Fontes: NASA study untangles smoke, pollution effects on clouds

Estudo: Contrasting effects on deep convective clouds by different types of aerosols

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