Arquitetura flutuante da Holanda é um exemplo para a América Latina e para o mundo, visto que é projetada para se adaptar aos efeitos da mudança climática, de acordo com a BBC Mundo
Mais de 70% da superfície do planeta é composta por água e a maior parte da população vive em torno dela. Tornou-se comum que esses assentamentos fossem afetados cada vez mais por catástrofes naturais devido ao aumento do nível de água, de acordo com a Plataforma Arquitectura.
Nesse sentido, a Holanda é um país que tem demonstrado capacidade de adaptação às mudanças climáticas, pois o interesse de sua arquitetura e de sua infraestrutura está particularmente voltado à gestão de recursos hídricos, uma das áreas mais afetadas pelo aquecimento global.
Arnoud Molenaar, diretor do programa de proteção contra a mudança climática na cidade de Roterdã, argumenta: “Temos redesenhado uma praça que pode ser usada como pista de patinação ou como teatro, mas que também pode coletar água da chuva”. É uma solução multifuncional”.
Além disso, outra iniciativa na mesma cidade, Roterdã, foi transformar os telhados de edifícios em espaços verdes, que funcionam como uma esponja para absorver água, enquanto constituem um espaço natural.
Henk Ovink, embaixador da Água dos Países Baixos e especialista mundial em gestão hídrica, está trabalhando com diferentes cidades do continente latino-americano como Cancun, Cidade do México e Quintana Roo no México; Buenos Aires na Argentina; Piura e Lima no Peru e outras cidades na Colômbia, Panamá e Chile, em projetos de arquitetura semelhantes para combater os efeitos das mudanças climáticas.
No momento, José Antonio Sacristán, professor da Escola de Arquitetura da Universidade de Navarra (UNAV), aponta que em regiões como Ásia e América Latina, uma das formas básicas de construção tem sido as palafitas (casas sustentadas em pilares ou estacas cravadas em lagos e lagunas). “É a maneira mais inteligente de abordar o problema, porém não deve ser muito profundo, e é muito rudimentar”, diz um artigo no jornal El Mundo.
O professor conclui que, além da estética, é importante saber qual é a relação entre água e arquitetura no século XXI e como ela pode ser usada para abrir novas oportunidades urbanas e sociais.
Para os interessados em projetos de construção ou elaboração de infraestruturas sobre a água, o Mestrado em Gestão Integrada: Meio Ambiente, Qualidade e Prevenção, patrocinado pela FUNIBER, oferece conhecimento na gestão de projetos de cidades e projeções integradas ao desenvolvimento urbano e social com novos tecnologias.
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