A descoberta, e melhora, de uma enzima capaz de decompor plástico pode representar um avanço importante para o combate à contaminação ambiental
Em 2016, um descobrimento científico trouxe um apoio importante para a luta contra a contaminação ambiental dos plásticos. Pesquisadores japoneses encontraram uma bactéria capaz de decompor a molécula de tereftalato de polietileno (PET), plástico usado em grande escala em garrafas e outras embalagens. A Ideonella sakaiensis teria evoluído em uma fábrica de reciclagem em Sakai, no sul do Japão, e usa o plástico como a principal fonte de energia.
No final de abril, pesquisadores da Universidade de Porsmouth, no Reino Unido, junto com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, anunciaram que conseguiram modificar uma enzima produzida por esta bactéria, deixando-a mais efetiva para a decomposição do plástico.
Com um raio-X de brilho dez bilhões de vezes mais forte do que o Sol, eles conseguiram criar um modelo tridimensional de alta resolução da enzima.
A bactéria demora alguns dias, mas a enzima produzida poderia ser usada em grande escala e com mais rapidez. Porém, faltam ainda algumas melhoras para que a enzima possa funcionar em temperaturas altas, quando o PET fica viscoso.
Um dos autores do estudo, John McGeehan, afirmou que com o descobrimento estamos mais perto de salvar o meio ambiente das embalagens plásticas. Mais de oito milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos por ano. Como se sabe, as garrafas de plástico podem levar séculos para se degradar e atualmente poluem rios, mares e ameaçam a vida de diversas espécies animais.
“Todos devemos desempenhar um papel significativo”, afirma o professor McGeehan. A comunidade científica busca soluções, “toda a tecnologia à disposição para desenvolver soluções reais”.
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Fontes:
Crean una enzima mutante que “se come” el plástico
Cientistas criam em laboratório enzima que “come” garrafas de plástico
A enzima comedora de plástico que pode revolucionar processo de reciclagem
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