Estudo indica que geleiras em algumas partes dos Andes poderão desaparecer em 30 anos, em consequência do aquecimento global
As partes altas das montanhas da Colômbia, Venezuela, Peru, Equador e Bolívia já perderam um 63% da área glacial nos últimos 50 anos, devido ao aquecimento global. Segundo um relatório financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o fenômeno que atinge as geleiras do Andes está associado às mudanças climáticas.
Os resultados do estudo, titulado “Monitoreo de glaciares tropicales andinos en un contexto de cambio climático”, foram apresentados no final de março em uma reunião em Bogotá, na Colômbia. No estudo, foram identificados que na Sierra Nevada de Santa Marta, no Caribe, perdeu-se o 92% da sua área glacial no último século e meio.
Já nos Andes colombianos, perde-se entre 3% a 5% da massa de neve permanente a cada ano. A previsão é que em 30 ou 40 anos, o gelo desapareça.
O estudo foi realizado para conhecer a atividade das geleiras e verificar o processo de retrocesso que sofrem com a mudança climática, nos quatro países incluídos no projeto. As geleiras nos Andes são consideradas muito importantes desde uma perspectiva global.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) vem ressaltando a importância das geleiras de montanhas como sérios indicadores da ocorrência de mudanças climáticas.
Para antecipar melhor os impactos futuros para as populações andinas, é necessário aperfeiçoar as capacidades de preparação. Considerando o papel das geleiras da montanha para a regulação do abastecimento de água, milhões de habitantes dos Andes dependem destes recursos para a sobrevivência.
Com a formação adequada, os profissionais da área de Meio Ambiente, que estudam com a FUNIBER, podem colaborar para prevenir situações de escassez e atuar em conjunto com a sociedade oferecendo ferramenta para a sustentabilidade.
Fonte: El norte de los Andes pierde el 63% de sus glaciares en medio siglo (LaVanguardia)
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