A OMS informa que mais de 4 milhões de pessoas morrem cada ano por utilizar combustíveis sólidos em seus fogões
A Organização Mundial da Saúde indicou que 3.000 milhões de pessoas em todo mundo utilizam combustíveis sólidos como madeira, carvão vegetal ou resíduos agrícolas para cozinhar ou esquentar seus lares. Esta prática gera uma enorme contaminação no planeta, mas também afeta às famílias que utilizam os combustíveis sólidos porque as partículas poluentes geram doenças como: acidente vascular cerebral, cardiopatia isquêmica, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão. A incidência de doenças relacionadas ao uso de combustíveis sólidos é maior em regiões pobres como a África, continente no qual foram registradas 466.000 mortes, em 2013, como consequência da poluição doméstica.
O uso de fogões ineficientes ou fogos abertos, gera uma grande quantidade de contaminação e as partículas de fuligem penetram profundamente nos pulmões das pessoas. Geralmente as cozinhas que geram contaminação são utilizadas em lares rurais, por famílias que habitam casas com estruturas precárias, com pouca ventilação, onde a fumaça pode produzir uma contaminação 100 vezes superior à aceitável. De acordo com a prova litográfica da OMS, os mais afetados são as crianças e as mulheres porque passam a maior parte do tempo no interior do lar.
Levando em consideração as cifras obtidas em 2012, o uso de fogões ineficientes poderia causar a morte de 4,3 milhões de pessoas em todo mundo, sendo os acidentes vasculares cerebrais a causa de morte mais frequente relacionada com a exposição à fuligem (34%), registrando-se também 26% de mortes por cardiopatia isquêmica, 22% por doença pulmonar obstrutiva crônica, 12% por pneumonia e 6% por câncer de pulmão.
Os pesquisadores da OMS indicaram que quase 1,4 milhões de mortes prematuras ocorrem por acidente vascular cerebral como consequência da contaminação do ar em interiores, sendo a metade dos casos ocorridos em mulheres. No caso da pneumonia, mais da metade dos casos de falecimentos correspondem a crianças menores de 5 anos, por inalação de partículas poluentes produzidas pelo uso de combustíveis sólidos.
A situação é preocupante nos países em vias de desenvolvimento, onde os fogões utilizados pelas famílias, especialmente na zona rural, emitem grande quantidade de poluentes sem que até o momento tenha sido criada uma solução eficiente para fazer com que as famílias dessas zonas adquiram fogões de baixo custo e que lhes permitam cozinhar sem poluir o ambiente e protegendo ao mesmo tempo a saúde de suas famílias.
O trabalho de um engenheiro que pudesse criar um fogão especial que permita eliminar a contaminação gerada pelos fogões rurais poderia salvar milhões de vidas em todo mundo, especialmente na África, uma das regiões mais afetadas pelo problema das mortes geradas pela poluição doméstica.
Os estudantes da área de Meio Ambiente da FUNIBER buscam analisar os problemas que afetam às populações para propor soluções.
Fonte: OMS
Foto CC: Wagner T Casimiro “Aranha”