5 anos depois de Fukushima, aprendemos a lição?

No triste aniversário do desastre nuclear, continuam os estudos para medir a contaminação nas zonas próximas a Fukushima.

O dia 11 de março será uma data que ficará gravada na história da humanidade como o dia em que o Japão enfrentou um dos piores desastres industriais depois de um enorme terremoto e posterior tsunami. Passaram-se cinco anos e os efeitos da contaminação produzida pelo desastre de Fukushima são evidentes, as borboletas do lugar apresentam mutações em suas asas, enquanto que, de acordo com um estudo publicado na revista Enviromental Science and Tecnology, os níveis de radioatividade no mar estão entre 10 e 100 vezes maiores aos registrados antes do desastre nuclear.

O jornal El Mundo indica que o estudo publicado na revista de ciência, foi realizado pela Universidade de Barcelona e o ICTA-UAB para identificar partículas radioativas de estrôncio 90 e césio 134 e 137, até 100 quilômetros de distância da central da Fukushima. Os pesquisadores indicaram que, em áreas próximas ao desastre, foram registrados níveis de radioatividade 100 vezes superiores aos níveis registrados antes do desastre.

O Greenpeace, por sua vez, também realizou estudos sobre a radiação em uma área que abrange 100 quilômetros da costa da Fukushima. Os resultados do estudo serão apresentados nos próximos dois meses, mas os pesquisadores destacam que o impacto da contaminação é evidente, tendo causado desde danos no DNA da fauna local até mutações nas árvores, de acordo à informação proporcionada em um comunicado de imprensa.

Mas a radioatividade não afeta só à fauna. A contaminação despejada no oceano pode afetar a saúde das pessoas. De acordo com os especialistas, o césio-137 pode entrar no tecido muscular através da cadeia alimentar, enquanto que o estrôncio-90 substitui o cálcio no corpo humano, acumula-se nos ossos, e poderia causar câncer nos ossos ou leucemia.

Os estudantes da Área Ambiental da FUNIBER procuram analisar os casos de contaminação ambiental para determinar medidas para acautelar desastres em atividades industriais.

Fontes:
http://fnbr.es/2im
http://fnbr.es/2in
http://fnbr.es/2io

Foto: Imprensa Greenpeace México