Japão decide retomar seu programa de caça às baleias

Autoridades indicaram que a caça terá fins científicos

O Japão anunciou que reatará seu programa de caça de baleias com fins científicos na Antártida, apesar da Corte Internacional de Justiça (CIJ) ter recomendado ao país cessar a caça de cetáceos nesta região. A frota baleeira do Japão iniciaria suas atividades em algumas semanas e informou-se que capturariam 333 baleias-minke, uma quantidade que representa um terço das capturas previamente programadas. Representantes dos governos do Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia criticaram as ações japonesas.

Indicou-se que as capturas de baleias têm como finalidade analisar o impacto destes animais sobre os recursos marinhos, analisando o conteúdo dos sistemas digestivos dos cetáceos. Outra pesquisa, sob direção de Seiji Shioda da Faculdade Farmacêutica da Universidade de Hoshi, aparentemente conseguiu resultados positivos ao tratar ratos que sofriam de Alzheimer e foram alimentados com uma substância extraída da carne de baleia.

A CIJ considera que a atividade de captura de espécies desenvolvida pela frota japonesa não se ajusta aos critérios científicos estabelecidos pela Comissão Baleeira Internacional.

O Japão apresentou um novo plano de captura de cetáceos no qual se projeta uma captura de 4000 baleias-minke nos próximos 12 anos, e ressaltou que restringiu a captura a 333 exemplares. Entretanto, estas medidas não resultaram suficientes para os opositores.

O Ministro do Meio Ambiente da Austrália, Greg Hunt, apontou que seu país não aceita de nenhuma forma o conceito de “pesquisa científica” que se aplicou à caça de cetáceos. Por sua parte, o Primeiro-Ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, manifestou recentemente que seu governo recomenda ao governo do Japão “cessar suas atividades de caça às baleias em qualquer momento, temporada ou ano”.

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Foto: Alguns direitos reservados por Martin Cathrae