Dados sobre idosos são escassos

Relatório apresentado no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas mostra a falta de dados sobre idosos.

A perita independente sobre o gozo dos direitos humanos pelos idosos, Claudia Mahler, fez um relatório sobre a pouca informação disponível sobre os idosos.

O documento, apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, destaca o poder dos dados para o posterior cumprimento dos direitos dos idosos.

O relatório destaca que a própria ausência de dados sobre este grupo é mais um sinal de sua exclusão e torna difícil a adoção de políticas e medidas regulatórias úteis.

Mahler inclui no relatório as diferentes funções dos dados: “os dados são necessários para refletir a maneira como a acessibilidade do ambiente construído, a suficiência de renda ou a proteção social permitem ou restringem a autonomia dos idosos. Para uma formulação eficaz de políticas públicas que incluam os idosos, é imprescindível que sejam incluídos nos dados públicos, desagregados por idade, sexo e características socioeconômicas relevantes”.

A falta de dados disponíveis deve-se, em parte, à exclusão dos idosos das pesquisas e censos nacionais. O especialista independente também refere o número insuficiente de estudos específicos sobre o envelhecimentocomo um dos motivos da falta de informação.

O relatório indica que a coleta de dados deve ser feita com o país, gênero ou educação em mente, para ser representativa.

A falta de dados tem levado, além de sua exclusão, a integração de estereótipos como o preconceito de idade. Tema que ganhou destaque na campanha por ocasião do Dia Internacional do Idoso, 1º de outubro.

O estudo das doenças associadas ao envelhecimento é um dos temas a serem debatidos em programas de formação nesta área. A FUNIBER patrocina o Mestrado em Gerontologia para este fim.

Fonte: Claudia Mahler señala la ausencia de datos sobre las personas de edad

Foto: Todos os direitos reservados.