Pesquisadores de uma Graduação em Farmácia desenvolveram um método para a detecção de prescrições inadequadas por meio de um protocolo de entrevistas clínicas em centros farmacêuticos
Devido ao sofrimento de várias doenças crônicas, há um grande número de idosos que consomem mais de quatro ou cinco tipos de medicamentos regularmente.
Em paralelo, em muitos casos, o acompanhamento médico é realizado por diferentes especialistas simultaneamente. Esse fato está gerando grande preocupação nos sistemas de saúde, cujos profissionais estão cada vez mais exigindo um sistema médico com abordagem abrangente e unificada.
Soma-se a essa situação a baixa adesão aos tratamentos pelos pacientes, o que pode levar, em muitos casos, a outros tipos de doenças em decorrência de polifarmácia, uso inadequado ou interrupção da medicação.
Em resposta a esse problema, Otón Bellver, por meio de sua tese, destaca a importância de estabelecer um protocolo de comunicação por meio de entrevistas clínicas de farmácias para maior controle das prescrições médicas. A pesquisa foi premiada como o melhor trabalho espanhol em farmácia assistencial para 2017 pela Sociedade Espanhola de Família e Comunidade Farmácia (SEFAC), sob a direção do Vice-Reitor de Grado, Lucrecia Moreno, e Professor Luis Salar.
Bellver propõe um sistema de entrevistas clínicas em que é possível detectar possíveis duplicações de prescrições, omissões de tratamento e consumo inadequado de medicamentos.
Por sua vez, a diretora de pesquisa, Lucrecia Moreno afirma que a metodologia concebida a partir de questionários clínicos completos por um farmacêutico “revela-se útil para efeitos adversos, interações ou problemas decorrentes da prescrição de ajuste, informando o médico primário para avaliar, segundo seus critérios, a modificação ou não tratamento “, explica.
Segundo os autores do estudo, essa metodologia de controle de prescrição ainda está em fase piloto. O trabalho está sendo feito para ampliar o projeto com a intenção de beneficiar mais pacientes e evitar a polifarmácia, bem como as consequências prejudiciais que isso representa para a saúde.
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