Um grupo de cientistas criou um modelo capaz de reproduzir a chamada fase silenciosa do Alzheimer, iniciada 20 anos antes da aparição da doença. Isto permitirá o desenvolvimento de novos medicamentos para tratar a doença
Duas décadas antes de manifestar-se, o Alzheimer começa seu desenvolvimento dentro dos pacientes sem que estes se deem conta. É a chamada fase silenciosa desta doença. Até agora, os cientistas não tinham achado uma forma de detectar sinais do Alzheimer neste período.
Entretanto, um grupo de pesquisadores, encabeçado pelo francês Jérôme Braudeau se deparou com um modelo de detecção sanguínea chamado de AgenT. Seus descobridores asseguram que este método será capaz de avançar em 10 ou 15 anos o diagnóstico da doença. De fato, o diagnóstico precoce é fundamental para poder deixar mais lento o avanço do Alzheimer, tal como manifestou o cientista português Sandro Alves, membro da equipe de Braudeau.
Alves explicou que “a vantagem é que este modelo animal vai permitir desenvolver medicamentos, estratégias terapêuticas e um teste sanguíneo naquela fase da doença que ainda não se vê, mas já sabemos que os sintomas estão aí”. Além disso, o pesquisador luso assegurou que se hoje não existe ainda um tratamento eficaz para o Alzheimer, é porque não foi possível detectá-lo em fases iniciais.
Na atualidade, segundo os dados da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos doentes de Alzheimer, esta classe de demência é a mais estendida no mundo, com 45 milhões de afetados em nível global.
A FUNIBER patrocina um Mestrado em Gerontologia que tem por objetivo formar seus alunos na atenção sócio-sanitária dos idosos. Por isso, o programa desta titulação incide na importância da detecção precoce das doenças e na necessidade de acompanhamento às pessoas que padecem de doenças neurodegenerativas.
E você, o que opina? Considera que a comunidade científica será capaz de achar uma cura para o Alzheimer a médio prazo?
Fonte: Português integra equipa que desenvolveu modelo animal de luta contra Alzheimer
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