A multimorbidade é a coexistência de duas ou mais doenças crônicas e é, cada vez mais, comum entre os idosos. As pessoas que devem lutar com múltiplas doenças devem consumir uma grande quantidade de medicamentos e a administração de diversos remédios é um desafio, em especial para as pessoas da terceira idade. Por esta razão, uma equipe de pesquisadores decidiu realizar testes sobre a efetividade da autoadministração de remédios em pessoas da terceira idade com multimorbidade.
Martina Summer Meranius e Gabriella Engstrom realizaram entrevistas individuais com pessoas maiores de 75 anos que foram diagnosticadas com duas doenças e realizaram um tratamento domiciliar ou em alguma casa especializada de cuidados para pessoas na terceira idade. Participaram deste estudo 28 homens e mulheres em entrevistas de 45 minutos.
A incerteza a respeito da administração de remédios crescia entre os pacientes que haviam experimentado efeitos secundários e se sentiam preocupados sobre o dano que os medicamentos poderiam ocasionar. A incerteza aumentava pelo temor às más práticas, quando envolvia terapeutas. É necessário fazer um balanço entre o alívio de sintomas e a redução de efeitos secundários.
Quando havia uma alta rotatividade de terapeutas e enfermeiros no cuidado dos idosos, aumentava-se a sensação de incerteza a respeito do uso de remédios, mas, por outro lado, quando se desenvolvia uma relação de cuidado e afeto a incerteza diminuía.
As pesquisadoras indicaram que os remédios podem causar efeitos colaterais, mas quando os benefícios não são claros, aumenta-se a incerteza entre os idosos com multimorbidade. Por esta razão que os profissionais da saúde devem entender cada uma das experiências dos pacientes para lidar com a incerteza. Recomenda-se criar uma relação com o paciente e estabelecer visitas regulares para tratar qualquer problema que o paciente pudesse ter ao administrar seu consumo de medicamentos.
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Fonte:
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jocn.12868/abstract?campaign=wolearlyview
Foto DC:
Dvortygirl