O boletim da Escola de Medicina de Harvard publicou uma compilação dos estudos que identificaram os benefícios da prática de Tai Chi Chuan em pessoas da terceira idade. Esta disciplina oriental baseia-se nos movimentos lentos e circulares, na respiração profunda e natural e no processo de atenção que leva as pessoas a se concentrarem nas sensações do corpo. De acordo com os pesquisadores, a prática desta disciplina permite que os idosos obtenham diferentes benefícios a nível físico.
Um estudo publicado na revista Alternative Therapies in Health and Medicine da Universidade de Standford, em 2006, indica que as pessoas que praticaram Tai Chi conseguiram melhorar seu desempenho muscular, tanto no nível do tronco quanto no das pernas.
Alguns estudos indicam que o Tai Chi melhora o equilíbrio das pessoas. Demonstrou-se que esta prática melhora a força muscular e a flexibilidade. O medo de cair pode aumentar as probabilidades de sofrer uma queda, mas o treinamento com o Tai Chi pode reduzi-lo.
Em exames que combinaram o tratamento tradicional com a prática do Tai Chi, obtiveram-se benefícios em casos de:
Artrite: um estudo realizado na Universidade Tufts, com a participação de 40 pessoas, indica que praticar Tai Chi duas vezes por semana, por 12 semanas, reduz a dor e melhora o estado de ânimo em comparação com pessoas que só fazem alongamento para combater a osteoartrite no joelho.
Baixa densidade óssea: em uma revisão de seis estudos de controle, o Dr. Wayne e outros pesquisadores de Harvard identificaram que praticar Tai Chi pode ser seguro e eficaz para manter a densidade óssea em mulheres na pós-menopausa.
Câncer de mama: um estudo realizado pela Universidade de Rochester, em 2008, indica que a prática de Tai Chi melhorou a qualidade de vida, a força muscular e a flexibilidade após 12 semanas, em comparação com pacientes que só receberam terapia de apoio no grupo de controle.
Doenças do coração: um estudo publicado pela Universidade Nacional de Taiwan indica que, passado um ano da prática de Tai Chi, os pacientes conseguiram melhorar sua capacidade esportiva, diminuir a pressão arterial e melhorar seus níveis de colesterol, triglicerídeos, insulina e outros marcadores em pessoas com risco de sofrer de doença cardíaca, enquanto o grupo de controle não mostrou melhoras.
Hipertensão: em uma revisão de 26 estudos publicados no Preventive Cardiology, em 2008, o Dr. Yeh relatou que em 85% dos casos o Tai Chi conseguiu diminuir a pressão arterial, com melhoras que variam entre 3 a 32 mmHg em pressão sistólica e 2 a 18 mmHg em pressão diastólica.
Parkinson: um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em 2008, descobriu que as pessoas com Parkinson suave ou moderadamente severo mostravam melhoras no equilíbrio, na habilidade para caminhar e em seu bem-estar geral após 20 sessões de Tai Chi.
Perturbações do sono: um estudo realizado na Universidade da Califórnia, no qual participaram 112 adultos com perturbação moderada do sono, indicou que a prática de Tai Chi melhorou significativamente a qualidade e a duração do sono em comparação com as pessoas que só receberam orientação para dormir. O estudo foi publicado na revista científica Sleep.
Os estudantes dos mestrados e das especializações em gerontologia da FUNIBER recebem a formação necessária para orientar seus pacientes a ter um estilo de vida que lhes traga bem-estar.
Fonte: http://fnbr.es/18w
Foto CC: https://www.flickr.com/photos/leniners/4637895863/sizes/m/