“É preciso avaliar de forma real o que o aluno é capaz de fazer”

Como avaliar o desempenho real dos alunos? A coordenadora Jill Lizier apresenta algumas ferramentas para a elaboração de uma nova maneira de avaliar

Jill Lizier é coordenadora de currículo da Swasey Central School, em Brentwood, nos Estados Unidos. Ela participou do evento “#Transformar 2017”, que ocorreu em São Paulo, este ano. Durante a sua apresentação, a especialista norte-americana contou sobre a experiência no desenvolvimento de avaliações de desempenho junto aos parâmetros exigidos pelo governo estadual.

Ela narra a experiência com os próprios alunos de primária que ao realizarem uma avaliação, não conseguem demonstrar os conhecimentos adquiridos. “Este não é aquele aluno, ele sabe mais do que isso”, diz Lizier após observar o desempenho de alguns alunos nos testes de escolha múltipla.

Também sentiu a decepção ao constatar que o conhecimento passado nem sempre é transferido entre os níveis de ensino, e o aluno parece não ter aprendido determinados conteúdos de aulas anteriores.

Então veio uma pergunta: qual é a forma real de avaliar o que um aluno é capaz de fazer? Para ela, a resposta é envolvimento. “Eu sei que eles estão comprometidos quando estão trabalhando juntos, estão engajados quando estão conversando e, mais do que tudo, os alunos estão engajados quando estão resolvendo problemas do mundo real”, afirma.

Uma das questões principais se encontra no objetivo funcional, no sentido daquela aprendizagem para eles. Por isso, é importante que o professor avalie os alunos a partir de problemas reais, e não através de uma avaliação geral.

Para uma avaliação de desempenho, Jill Lizier recomenda seguir algumas recomendações:

  • Que seja autêntica
  • Que exija maior rigor cognitivo
  • Criada pelo professor
  • Não se constitua um evento, e sim como parte integrada das aulas e lições
  • Utilize técnicas atuais: técnicas socioemocionais e “soft skills”

Uma das questões mais importantes é avaliar a profundidade do conhecimento, e este pode ser analisado, não através da memorização, senão através da análise sobre um problema real.

Veja a conferência completa, com legenda, aqui:

Para conhecer mais sobre a métodos de avaliação, recomendamos o estudo dos programas patrocinados pela FUNIBER na área de Educação.

Fonte: Jill Lizier – Novas formas de avaliar a aprendizagem – Transformar 2017

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