Uma escola na Alemanha implementa novo modelo educativo baseado nos quatro pilares da educação, desenvolvidos pela UNESCO
O professor Christian Hausner trabalha na escola alemã Evangelische Schule Berlin Zentrum, um centro que está revolucionando a educação tradicional. Em entrevista para o blog Tiching.com, ele explica sobre o método de ensino e defende um modelo de educação mais integrado à sociedade.
A escola considera que o método de memorizar para aplicar o conhecimento nas provas não é o método educativo mais adequado. “A educação tradicional contempla a memorização do conteúdo por parte dos estudantes, mas se esquece de educa-los a atuar de forma integral”, diz o professor.
“Consideramos que a educação tradicional não contempla o estudante como uma pessoa na sua totalidade, e por consequência, deixa-os sem uma educação em termos de quem são para a sociedade”. Como este aluno pode mudar a realidade e enfrentar os desafios do futuro?
A proposta da escola é enfrentar estas questões e oferecer conhecimento a partir de pesquisas científicas como por exemplo, sobre a igualdade social. Um aspecto trabalhado em sala é o agrupamento dos alunos sem discriminar a idade. “Em nossa escola, os alunos estão misturados e temos classes em que convivem estudantes do sexta, sétimo e oitavo curso”, comenta.
O modelo da escola tem como premissas as bases do ensino identificados pela UNESCO que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos. A partir destes pilares, “se construiu toda a estrutura educativa que implementamos em nossa escola”, explica o professor.
Como são as aulas?
“Cada manhã e durante um período de hora e meia, os alunos escolhem livremente se querem estudar inglês, alemão, matemáticas ou ciências sociais”, explica. São os alunos quem decidem o que querem aprender e em conjunto com os tutores, decidem por onde devem começar a trabalhar.
Outra prática que se estimula na escola é o auxílio por parte de colegas para resolver as dúvidas que surgem individualmente. A escola estimula que os mais velhos possam orientar os mais novos quando saibam resolver uma questão.
No método de avaliação, os testes de conhecimento são feitos de forma individualizada para evitar a competividade e são os próprios alunos quem corrigem as suas respostas. “Este método faz com que tomem consciência que são os responsáveis do próprio aprendizado”, afirma.
Na escola, os estudantes só aprendem de forma livre e individualizada durante uma hora e meia por dia. “No resto do dia, temos experiências de classe e muitos projetos comunitários que não estão enfocados individualmente, e sim na interação conjunta como classe”, explica Hausner.
A educação do futuro vai exigir criatividade e novas maneiras de fazer as coisas, acredita o professor alemão. “Acredito que a educação dos futuros docentes teria que ser reformada por as escolas estão mudando rapidamente”, propõe.
Para lidar com os novos desafios, a formação contínua é um importante recurso para seguir aprendendo e modificando as técnicas de ensino-aprendizagem. Na FUNIBER, os cursos na área de Formação de Professores possibilita esta capacitação.
Leia a entrevista completa em: http://fnbr.es/3wi
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