Falta formação específica em educação especial, aponta estudo de aluna da FUNIBER

Aluna do Mestrado em Educação da FUNIBER apresenta pesquisa realizada com professores de educação especial para conhecer o nível de formação específica

I Encontro de Educação FUNIBER – Brasil 2016, promovido pela FUNIBER, reuniu pesquisadores, estudantes e docentes do país que apresentaram interessantes estudos e experiências. Entre as apresentações, o estudo realizado pela Sônia Regina Sena de Souza, aluna do Mestrado em Educação da FUNIBER, trouxe ao público assistente uma pesquisa sobre os desafios do trabalho realizado por professores de educação especial no ensino de crianças surdas.

Para analisar a atuação dos professores para a inclusão destas crianças no ensino regular, a aluna desenvolveu um trabalho de pesquisa de campo em que observou e entrevistou 7 docentes. O objetivo era conhecer as práticas durante o processo de ensino-aprendizagem para saber se os professores têm a formação específica para a educação de surdos. A conclusão da pesquisa revela que apesar do esforço realizado pelo corpo docente do instituto de educação analisado, a atuação dos professores parece basear-se na intuição.

Educação para Todos

No Brasil, há um movimento nacional de educação para todos que proporciona discussões sobre a educação inclusiva e considera importante atender às necessidades educacionais especiais. A inclusão, como lembra a aluna da FUNIBER, “parte do princípio de que todas as pessoas podem aprender juntas, independentemente das dificuldades ou diferenças que elas possam apresentar”, disse Sônia.

A partir deste contexto, o interesse se despertou na aluna para saber até que ponto a prática docente estaria contribuindo para a aprendizagem de estudante com necessidades especiais. “Para responder às especificidades dos alunos, o docente necessita de uma formação mais ampla, que o instrumentalize com todos os requisitos e aparatos necessários: capacitação, disponibilidade de recursos e apoio técnico, para que promova uma ação pedagógica eficaz”, afirma no artigo.

Falta formação específica

De acordo com os resultados da pesquisa, Sônia conclui que faltam conhecimentos, por parte dos docentes entrevistados, sobre as pessoas com necessidades educacionais especiais, incluindo os surdos. Por exemplo, os professores desconhecem a língua de sinais (LIBRAS), instrumento necessário para se comunicar com os alunos.

“É necessária uma melhor política de formação e valorização dos educadores, haja vista que a maioria dos nossos alunos são oriundos de família de baixa renda e muitas vezes a escola configura-se no único local de esperança e oportunidade para que eles possam acessar os conhecimentos, participar e intervir no contexto social”, conclui a aluna da FUNIBER.

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