Engajar educadores na criação e experimentação de soluções didáticas e arranjos sociais inovadores para a escola é o objetivo do Laboratório de Experimentações Didáticas (LED). Realizado em São Paulo, o projeto é liderado por um grupo de pesquisadores em educação que criaram um espaço-evento para propor iniciativas que incorporem a cultura digital nas atividades docentes.
Trata-se de um espaço de criação e experimentação que oferecem instrumentos que apoiam o desenvolvimento de soluções educacionais inovadoras. Para estimulá-las, conta com a participação de profissionais de outras áreas (atores, designers, programadores, engenheiros, arquitetos e empreendedores) e realizam dinâmicas próprias de sessões de estímulo à criatividade. Buscam repensar o atual descompasso entre os ambientes de ensino oferecidos pela escola e as possibilidades de produção de cenários inovadores de aprendizagem.
Márcia Padilha, uma das idealizadoras do LED – ao lado de Adriana Martinelli e Luciano Meira –, conta que o projeto traz para a formação dos professores aspectos muito demandados atualmente. “A internet muda a questão da autoria, da legitimidade de quem fala, do poder da fala”, diz a educadora. “Não é nova a questão do protagonismo do aluno, mas ela nunca esteve tão latente.”
Formação
Nas sessões formativas organizadas pelo LED, professores de diferentes perfis indicam os principais problemas que vivem em sala de aula e propõem soluções em conjunto, em um curto espaço de tempo. “Em momento algum damos a solução”, explica Márcia. A autonomia e a colaboração na forma de encontrar as resoluções para as questões propostas são fundamentais para mostrar aos docentes a essência dos novos tempos. Outra preocupação é dar retornos instantâneos, e não só ao final da jornada, como acontece nas escolas atualmente.
Para os organizadores, criar o LED foi uma forma de responder aos anseios dos educadores, que querem e precisam mudar a forma como trabalham, mas não sabem por onde começar, uma vez que não têm suporte das instituições – muito lentas nesta transformação – e menos ainda das políticas públicas. “É consenso na educação que é preciso rever a prática dos docentes e que a educação vive um momento de crise. Agora, um consenso que existe e se provou errado é o de que os professores são acomodados. Isso é mentira. Dê uma chance de ele fazer diferente e ele o fará”, pontua.
Como afirma Márcia, o papel do professor na educação inovadora é evidente. Por meio do Mestrado em Educação promovido pela FUNIBER, os alunos podem se aprofundar e conhecer diferentes estratégias de ações educativas em sala de aula.
Fonte: http://fnbr.es/1mk, http://fnbr.es/1mm
Foto: Alguns direitos reservados por Ignacio Palomo Duarte