Artigo revê experiências e analisa o uso da internet na sala de aula

No Brasil, na Espanha, na Noruega, no Chile… Por todos os lados se podem encontrar projetos que utilizam a internet como ferramenta para a educação de maneira sistemática. No artigo publicado na biblioteca eletrônica Scielo, o doutor em comunicação pela Universidade de São Paulo, José Manuel Moran, apresenta algumas experiências de pesquisa e comunicação para utilizar a Internet no ensino presencial.

As experiências podem ajudar a renovar a forma de dar aula, de investigar, de se relacionar dentro e fora da sala de aula. Por exemplo, o projeto internacional Kidlink que atua globalmente para fortalecer o diálogo e a aprendizagem através das tecnologias. O projeto nasceu em 1990 com a participação de professores em todo o mundo e hoje consiste numa grande rede de sites e atividades educativas pela internet.

Uma prática simples que deve ser desenvolvida nas salas é a busca de informação na internet. A consulta na web requer algumas habilidades que oriente o aluno no ensino, enfocando as prioridades na busca de dados. Como afirma Moran, “o educador não deve simplesmente dizer ao aluno que aquele assunto não faz parte da aula. Pode pedir-lhe que grave rapidamente o que achar mais importante e que deixe para outro momento o aprofundamento desse novo assunto, para voltar mais que logo ao tema específico da aula”.

O autor ressalta as novas práticas de comunicação pela internet, “a comunicação torna-se mais e mais sensorial, mais e mais multidimensional, mais e mais não-linear. As técnicas de apresentação são mais fáceis hoje e mais atraentes do que anos atrás, o que aumentará o padrão de exigência para mostrar qualquer trabalho pelos sistemas multimídia”, diz José Moran.

As mudanças provocam nos alunos mais interesse por se comunicar, para aprender mais idiomas, de interagir utilizando diferentes formas multimídias e informando-se mais. Mas também há dificuldades como a dispersão, a confusão entre informação e conhecimento, o descontrole no tempo e na participação de cada aluno.

José Moran recomenda que a escola deve aprender a integrar, sugerindo que “a profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica”.

 

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651997000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

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