Em meio a um cenário global cada vez mais permeado por tensões geopolíticas e pelas consequências da pandemia da COVID-19, a Índia está se posicionando como um forte concorrente na tentativa de desbancar a China de seu trono como a fábrica global por excelência.
Nos últimos 40 anos, a China manteve a liderança nas redes de suprimentos, apesar dos esforços do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, para combater seu domínio. No entanto, a continuidade da política zero covid-19 adotada pela China gerou uma mudança na percepção de risco por depender exclusivamente deste país. A principal questão agora é se a Índia será capaz de aproveitar essa oportunidade histórica e se tem os recursos para se tornar a nova fábrica do mundo.
Índia: um mercado alternativo para negócios internacionais
Há já algum tempo que muitas empresas iniciam conversas sobre a necessidade de deslocar as suas cadeias de abastecimento para fora da China, numa tentativa de mitigar as tensões geopolíticas e evitar reveses decorrentes da guerra comercial com os Estados Unidos. No entanto, foi a pandemia da covid-19 e a política de zero covid-19 adotada pela China que destacaram os perigos de depender de um único país para sustentar as cadeias de suprimentos. Essa situação destacou a importância de diversificar e diminuir a dependência da China nessa área crucial.
Nesse sentido, empresas como a Apple viram sua produção de iPhones prejudicada pelo acesso limitado a determinados elos da cadeia de suprimentos chinesa e buscaram alternativas. Cientes de que a Espanha desempenha um papel fundamental no encurtamento das redes de suprimentos na Europa, várias empresas de tecnologia e fabricantes de chips optaram por transferir parte de sua produção para a Índia, depois de serem limitadas pelas barreiras impostas às exportações para a China. A Everstream, uma plataforma de gestão de riscos da rede de suprimentos, aponta a Índia como uma escolha favorável, considerando seu mercado de trabalho abundante, histórico de fabricação e apoio do governo para impulsionar o setor e as exportações.
A Índia precisa superar uma série de desafios
No entanto, embora a Índia pareça apresentar uma janela de oportunidade para se posicionar como a próxima fábrica global, essa não é uma tarefa fácil. Por um lado, a Índia é caracterizada pelo fato de ser a maior democracia do mundo, o que dificulta a tomada de decisões com rapidez e impõe uma carga burocrática significativa. Isso é testemunhado por Ashutosh Sharma, diretor de pesquisa da Forrester, que admite que a instalação na Índia apresenta complicações do ponto de vista burocrático. Além disso, o país enfrentará desafios relacionados à gestão de sua grande população jovem e à promoção do desenvolvimento industrial. Apesar desses obstáculos, os especialistas veem o potencial da Índia para se tornar um gigante da manufatura e oferecer uma alternativa tangível à China.
A Índia está em uma encruzilhada importante. Sua intenção histórica de desafiar o domínio chinês e se tornar o próximo centro de fabricação global parece mais viável em um cenário marcado por tensões pandêmicas e geopolíticas. No entanto, o país precisará superar os desafios burocráticos e desenvolver seu ambiente de negócios para atender às necessidades das empresas internacionais que buscam diversificar suas redes de suprimentos e garantir a resiliência no caso de eventos semelhantes aos que vivemos recentemente. O mundo econômico está focado na Índia, ansioso para testemunhar sua luta para destronar a China e se tornar a nova fábrica do mundo, ao mesmo tempo em que comemora as possibilidades que isso traria para o ambiente de negócios e para os profissionais que trabalham nessa importante área.
Continue com sua formação profissional
Com base no artigo que discute os esforços da Índia para se tornar a nova fábrica do mundo e as mudanças na dinâmica da rede de abastecimento global, fica claro que ter um conhecimento profundo da China e da região Ásia-Pacífico é crucial para estabelecer uma carreira de sucesso na área empresarial. Nesse sentido, a FUNIBER oferece um programa de mestrado de grande relevância e impacto: o Mestrado em Negócios com a China e Ásia-Pacífico.
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