A ansiedade resultante da falta de controle e confiança, o aumento das vendas on-line, o incremento da precaução e a perda da inocência são quatro grandes mudanças que vão prejudicar o consumo.
Gerard Costa, especialista em Direção de Marketing, detalha no site da Cepymenews como a crise da saúde mudou as rotinas de consumo e continuará a fazê-lo no futuro.
A ansiedade gerada pela falta de controle e confiança é um dos traços ligados ao consumidor nessa fase de confinamento. O professor descreve esse perfil como “superprotetor” e acrescenta que “a coisa mais importante em sua vida será o que acabou de acontecer e marcará tudo o que você faz a partir de agora”.
Outro aspecto que está prestes a mudar no futuro e que, após o período de confinamento, provavelmente é o que ocorrerá, é o aumento das compras on-line. “Cada vez mais os consumidores se perguntam por que ir para as lojas físicas e não comprar on-line, e muitos adultos de 36 anos de idade ou residentes de cidades de população mediana médio perguntarão a mesma coisa.”
Entorno de serviços on-line já surgiram iniciativas que restringem o contato entre as pessoas, como no caso da shop streaming (loja de compras simuladas), o home delivery (entrega a domicílio) ou mesmo o dark kitchen(cozinhas industriais).
“Em paralelo, as lojas físicas que irão se manter, buscarão ter espaços saudáveis, serão lojas de clean air (ar limpo)”, disse Costa.
Uma terceira tendência enfatiza a crescente cautela de alguns clientes, que confiarão apenas em determinadas marcas, naquelas que lhes oferecem maior segurança. O cliente deve sentir que está no controle do que compra e as empresas devem responder a essa necessidade e “estar presentes na mídia de massa, lembrando o que o consumidor experimentou e se posicionando como seu maior apoio”.
Por fim, Costa alerta que a última tendência, a perda de inocência, será uma das mais graves e levará a uma grande desigualdade social. Para fazer isso, as empresas devem descobrir qual segmento se dirigir.
“A partir de agora, 45% da população estará muito vulnerável, eles vão parar de consumir e de pagar aluguéis; outros 35% serão otimistas, sendo possível incentivar a compra com diferentes propostas; 10%, os mais jovens, viverão atualizados, e apenas outros 10% serão aqueles que permanecerão ‘confortáveis’, como fizeram até agora”, conclui Costa.
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Fonte: “El consumidor necesita recuperar el control, solo confiará en aquellas marcas que le den seguridad”
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