Existem cinco palavras-chaves que devem ser consideradas antes de planejar algum tipo de negócio com a China: tempo, dinheiro, valor acrescentado, mercado complexo e assessoria
Estabelecer negócios com a China não é apenas uma questão em alta, embora seja cada vez mais comum ouvir depoimentos de empresários que tiveram sucesso no mercado chinês, é importante considerar os pontos principais de êxito na fase mais determinante de todo projeto: o planejamento.
O Diretor do Mestrado em Negócios com a China e Ásia-Pacífico que patrocina a FUNIBER, Carlos Marcuello, aponta mais detalhe sobre as cinco palavras-chaves que todo empresário deve considerar na hora de fazer o planejamento para negócios com o país asiático:
- Tempo
Para fazer negócios com a China é necessário ter paciência e, sobretudo, tempo. Os resultados podem ser extremamente demorados, por isso não cabe esperar sucesso a curto prazo. Os que têm pressa deveriam avaliar outras opções.
- Dinheiro
Na fase exploratória do plano de negócios será necessário um investimento significativo, pois devem ser consideradas viagens, intérpretes, pesquisas de mercado, reuniões, gastos de protocolo, etc. Além disso, quando finalmente a aposta for empreender um negócio na China, é preciso permanecer investindo de forma efetiva.
- Valor acrescentado
A China é a fábrica do mundo. Não apenas fabricam produtos de pouco valor, mas atualmente existe uma crescente qualidade em serviços. Neste sentido, se oferecermos um bem ou um serviço no mercado chinês, é necessário oferecer um elevadíssimo valor acrescentado, pois a concorrência com produtos do interior é esmagadora.
- Mercado complexo
A China possui 1, 4 bilhão de habitantes, conta com províncias que reúnem grandes mercados, devido ao grande número de pessoas que vivem em suas cidades, algumas mais populosas que muitos países. Por isso, é necessário considerar em que território devemos nos concentrar e considerar a diversidade do ambiente, desde sua geografia, cultura e desenvolvimento, visto que estes fatores, também, afetam os negócios.
- Assessoria
É fundamental considerar a contratação dos serviços de uma assessoria profissional, seja pública (Instituto Espanhol de Comércio Exterior – ICEX) ou privada; outra opção é contar com um sócio local de confiança. Em caso de não contar com assessoria, será muito difícil embarcar nas negociações com a China, inclusive, dominando o idioma. Esta é uma realidade geral, quando se deseja empreender no exterior, mas no caso da China costuma ser imprescindível.
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