Cada vez mais marcas realizam mudanças para poderem entrar no competitivo mercado chinês
Os cidadãos chineses aumentaram sua capacidade aquisitiva nos últimos anos e a crescente economia da China tem atraído a atenção de muitas marcas estrangeiras que decidiram se lançar para conquistar um segmento desse mercado. Porém, entrar no mercado chinês é um processo que envolve muitos desafios.
Entrar no mercado chinês exige, das empresas, adaptação dos seus produtos e serviços para as preferências do mercado oriental. É uma cultura diferente, com gostos diferentes do ocidente e, sobretudo, com um idioma diferente, o que representa um enorme desafio para as empresas que pretendem conquistar novos consumidores no mercado asiático.
Uma dos principais desafios é adaptar o nome da marca ou produto, para poder lançar o produto na China. Os nomes possuem um simbolismo importante na China, além disso, a fonética do idioma obriga a fazer mudanças até mesmo no nome da marca.
De acordo com o site linkeschina.com há três maneiras de renomear um produto na China:
– Considerando o som e escolhendo sons similares. Por exemplo, a Ferrari foi adaptada para ser chamada de Fa-la-li
– Considerando o sentido. Algumas marcas decidiram por realizar uma tradução direta sobre o nome da marca. Camel (camelo) na China é conhecido como Luo-Tuo e Shell (concha) Ke-Pai.
– Algumas marcas optaram por uma combinação de ambas as opções, que acaba sendo o método mais completo, entretanto mais complexo. Esta fórmula foi seguida pela Coca-Cola adotando o nome Ke-kou-ke-le (delicioso e alegre) e pela Nike com o nome Nai-ke (duração e superação).
No momento de entrar no mercado chinês é muito importante considerar o nome da marca, o idioma é complexo e pode esconder algumas surpresas para as organizações que pretendam entrar no mercado. A Microsoft teve que modificar o nome de seu buscador Bing depois de ter entrado no mercado chinês, porque em chinês a palavra bing significa doença, mas poderia ter evitado a mudança do nome se tivesse realizado uma pesquisa anteriormente.
Neste momento, os consumidores chineses estão começando a comprar mais marcas estrangeiras, pois continua a se espalhar a preferência por marcas caras, que não apenas refletem o bom gosto do comprador, mas também demonstram ser um sinal de status social do consumidor.
Percebeu-se que os consumidores chineses tendem a se identificar com as histórias que estão por trás das marcas. Por exemplo, a Chanel pôde explorar a história de sua criadora, Coco Chanel, por ser uma mulher de origem humilde que realizou tudo a base de esforço.
Atualmente também estão surgindo marcas exclusivas de origem chinesa como a Shang Xia, loja voltada a vender produtos exclusivos com essência nativa, mas com um elevado preço. Na área da telefonia móvel está crescendo a aceitação da marca Xiaomi, que pretende se transformar em uma das melhores marca de telefonia móvel na China.
Os estudantes do Mestrado em Negócios com a China e Asia-Pacífico da FUNIBER recebem a formação necessária para alcançar uma bem sucedida inserção de empresas nos mercados asiáticos.
Fonte: Linkeschina
Foto CC: DavidDennisPhotos.com