As agressões ao profissional sanitário costumam ser comuns
Nem sempre as cirurgias são bem-sucedidas, nem sempre ouviremos boas notícias da boca de um médico; mas as reações das pessoas às más notícias podem ser muito negativas, chegando aos gritos ou tentativas de agressões. Até agora, poucas denúncias foram registradas, mas estudos sobre o tema indicam que a situação é preocupante. Na Espanha, entre os anos 2008 e 2012, mais de 30.000 profissionais sofreram algum tipo de agressão, de acordo com os números apresentados pelo “Relatório sobre agressões aos profissionais do Sistema Nacional de Saúde” apresentado pelo Ministério de Sanidade em dezembro de 2012.
De acordo com os dados proporcionados pelo “Estudo sobre agressões à profissão de enfermeiro”, realizado pelo Conselho Geral de Enfermaria, são os enfermeiros os que sofreram maior número e mais graves agressões. Estima-se que 72% de agressões são dirigidas a mulheres que exercem sua profissão no setor sanitário.
Identificou-se que, nos últimos anos, o nível de violência que a sociedade enfrenta aumentou, e como consequência aumentaram os incidentes violentos dentro de hospitais e centros de saúde. Este último fator foi reconhecido pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, e a violência do público foi incluída entre os fatores de risco e problemas de saúde para o profissional sanitário.
Apenas 5% dos trabalhadores que são agredidos denunciam os fatos, é por essa razão que o maior desafio será realizar campanhas para fazer que os trabalhadores denunciem as agressões, utilizando provas e contando com testemunhas, para que as autoridades tomem ações.
Na Espanha, os profissionais contam agora com ferramentas para combater a violência contra os profissionais da saúde, foi feita uma reforma do Código Penal que permitiu considerar os profissionais da administração pública como “autoridade pública no exercício de suas funções” e, portanto, as agressões dirigidas a estes profissionais poderão ser consideradas como “atentado contra a autoridade” podendo punir o agressor com até quatro anos de cárcere.
Os problemas de agressões aos profissionais da saúde aumentaram em todo mundo, é por essa razão que é necessário que em cada país sejam estabelecidas leis que permitam proteger os profissionais da saúde que possam ser agredidos pelo público, entendendo que, além da legislação, é necessário desenvolver uma campanha de capacitação para que os profissionais denunciem adequadamente as agressões. Um bom exemplo é a legislação estabelecida na Espanha.
No setor privado, as empresas devem velar pela saúde física e psicológica de seus empregados e procurar evitar as agressões contra trabalhadores da saúde.
Os estudantes da área de Empresas da FUNIBER procuram estabelecer um clima agradável para os trabalhadores, de forma que no trabalho não enfrentem ameaças à sua integridade física ou psicológica.
Fonte: Aliad
Foto CC: NEC Corp