Um acordo entre a UNESCO e o governo italiano vai criar uma força-tarefa cultural para crises políticas ou ambientais
O Instituto de Investigação e Formação das Nações Unidas (UNITAR) informou em 2014 que o conflito armado na Síria havia causado a destruição total de 24 patrimônios culturais, alguns considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Alguns dos monumentos tinham até 7 mil anos de antiguidade. Este é um exemplo de vários casos similares de destruição de patrimônio que ocorre em situações de conflito ou desastre natural.
Uma iniciativa conjunta entre o governo italiano e a UNESCO pretende criar uma força especial de emergência para proteger estes lugares em todo o mundo. O acordo, assinado em fevereiro pela diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, e o Ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, prevê a criação de um contingente italiano e um centro em Turim para treinar a especialistas do tema.
A força-tarefa cultural estaria formada incialmente por 30 detetives policiais especializados em roubo de arte e outros 30 arqueólogos, restauradores e historiadores da arte. “O acordo é um importante e inovador passo no esforço para conseguir o reconhecimento da importância da herança cultural para fortalecer a identidade, construir a coesão social e cultivar a resiliência em tempos de crise”, afirmou a diretora geral da UNESCO.
Irina Bokova indicou que a iniciativa espera impulsionar atitudes semelhantes em todo o mundo, servindo de inspiração para outros governos. O acordo surge a partir da emenda proposta em outubro de 2015 e aprovada por 53 países e pelo Conselho de Segurança da ONU.
A iniciativa abre um campo interessante de atuação para especialistas em patrimônios culturais da área de Arquitetura e Urbanismo da FUNIBER.
Fonte: http://fnbr.es/2j2, http://fnbr.es/2j3, http://fnbr.es/2j4
Foto: UNESCO