As sementes de chia, a quinoa (ou quinua) e o cacto nopal estão ganhando a preferência da população por sua riqueza em nutrientes. Diversos estudos reconhecem os benefícios de consumir esses alimentos ancestrais e, pouco a pouco, as pessoas estão incorporando esses nutritivos ingredientes à sua alimentação.
O cacto nopal (Opuntia ficus-indica), também conhecido como “figo da Índia”, ou simplesmente nopal, em muitas regiões da América do Sul e América Central, foi utilizado como alimento e remédio pelos astecas e outras culturas pré-colombianas. Hoje, diversos estudos apontam os benefícios de consumir esse cacto e seus frutos.
Identificou-se no cacto nopal um alto teor de antioxidantes como a vitamina C, polifenóis e flavonoides, além da presença de minerais essenciais como cálcio e magnésio. Alguns estudos realizados identificaram que essa planta pode ser utilizada para tratar doenças como o Colesterol, a diabetes ou prevenir úlceras.
Um estudo publicado na revista “Journal of Nutrition” identificou que a pectina do nopal pode ajudar a reduzir as concentrações de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e, além disso, propiciar uma redução de 28% nos níveis totais do colesterol. Outro estudo, realizado em Baja Califórnia, e publicado na revista “Journal of Ethnopharmacology”, identificou que o consumo do extrato do cacto permite reduzir os valores de glicose do sangue em quase 18%, transformando-se em um ingrediente que pode ajudar pacientes que sofrem de diabetes. Em outro estudo, pesquisadores italianos identificaram que esta planta pode ser utilizada para prevenir as úlceras gástricas.
As sementes de chia, por sua vez, são uma fonte rica em ácidos graxos poli-insaturados ou ácidos graxos essenciais (AGE). Um estudo apresentado pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, indica que as sementes de chia contêm uma maior concentração de ácidos graxos Ômega-3 e Ômega-6 que o peixe menhaden ou a linhaça.
De acordo com os dados proporcionados pelo estudo da Universidade Nacional de Rosário, a chia possui seis vezes mais cálcio que o leite e é rica em outros minerais, como ferro, magnésio, potássio, fósforo e zinco. Além disso, contém boa quantidade de fibras, sobretudo fibra solúvel (mucilagens).
A quinoa (ou quinua) é reconhecida como o alimento dos Incas, possui oito aminoácidos essenciais e o dobro de proteínas que um cereal tradicional, minerais e vitaminas. Atualmente, por seu valor nutritivo, foi incorporada como parte da dieta dos astronautas da NASA.
De acordo com um estudo realizado pelo Governo da Guatemala, a quinoa é “uma excelente fonte de fósforo, cálcio, ferro, amido, açúcar, fibra, minerais e vitamina E”. Outros estudos determinaram que a quinoa é composta de fitoestrogênio e ajuda a prevenir diversas doenças que podem aparecer em mulheres após a menopausa, em consequência da falta de estrogênio.
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Foto: Alguns direitos reservados por Cascadian Farm/Flickr.