As universidades não se livram dos ciberataques

Em 2018, cerca de 80% das universidades participantes em um estudo da companhia Deloitte declararam ter sofrido algum incidente.

Qualquer dispositivo ou entidade é uma opção viável de sofrer um ataque cibernético. O estudo de cibersegurança no setor universitário, realizado pela Deloitte, confirma isso, ao se referir especificamente às universidades, como uma das ameaças dos cibercriminosos.

Do total de entidades universitárias participantes do estudo que sofreram problemas em 2018, 63% contaram entre dois e cinco ataques cibernéticos e até 10% receberam mais de dez ações de hackers.

“Esses dados ilustram a crescente preocupação que as organizações atualmente têm sobre seus possíveis efeitos e que motivaram as ameaças cibernéticas a escalarem para as posições mais altas dos mapas de risco das empresas, para que sejam monitoradas sempre mais de perto pelos Conselhos de Administração”, indicam os responsáveis pelo estudo.

O orçamento é, na grande maioria das organizações, a principal causa do aumento de ataques cibernéticos. Segundo o estudo, apenas 10% dos recursos financeiros são alocados para erradicar esses incidentes, enquanto 36% reconhecem que não possuem recursos de segurança específicos.

Esses números são ratificados por outro estudo preparado pela empresa especialista em segurança cibernética Kaspersky, que detectou quase 1.000 ataques em mais de 130 universidades em 16 países. Os hackers usam um site idêntico ao original para atrair funcionários e estudantes. Eles inserem seus dados de acesso e credenciais disponíveis para o criminoso.

O alto número de ataques cibernéticos contrasta com a escassez de perfis de profissionais especializados em segurança cibernética. David Emm, pesquisador da Kaspersky, culpa a falta de qualificação pela oferta reduzida de profissionais: “De acordo com estudos diferentes, há uma lacuna de quase três milhões de empregos no setor em todo o mundo. Na Europa, a previsão é de que haja uma escassez de 350.000 profissionais de segurança cibernética até 2022.”.

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Fonte: Ciberseguridad. Las universidades son las terceras instituciones más atacadas.

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