Durante o II Fórum Mundial de Dados, os especialistas coincidiram nas dificuldades para acessar os dados e nos altos custos de análises
Nos dias 22, 23 e 24 do mês de outubro, aconteceu em Dubai a celebração do II Fórum Mundial de Dados da ONU. O evento reuniu mais de 2.000 especialistas de dados do setor acadêmico e da sociedade civil, falando sobre temas como o tratamento desigual entre homens e mulheres, apontados pelas estatísticas, e sobre os altos custos para a análise dos big datas.
É uma das comunicações, a diretora da iniciativa Data2x, Emily Courey Pryor, ressaltou que os milhares de dados que se coletam ao redor do mundo sobre as mulheres não são representativos de sua realidade. Segundo Courey, habitualmente as mulheres são caricaturadas nas estatísticas oficiais, que as apresentam como mais dependentes e menos produtivas do que realmente são, sendo por este motivo que assinala que sem uma igualdade de dados não poderá existir igualdade de gênero.
Robert Kirkpatrick, diretor da organização Global Pulse, destacou a dificuldade e os altos custos para se analisar o big data, tanto em termos de infraestrutura de dados como de pessoal especializando, acrescentando que este custo impede que se usem a grande quantidade de dados para realizar projetos em grande escala com fins humanitários
Outra das dificuldades atuais é que grande parte dos macrodados pertencem ao setor privado. Neste sentido, os especialistas presentes no evento coincidiram que é necessário criar novos quadros regulatórios que facilitem o uso do big data com fins sociais.
A secretária das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, destacou que a revolução dos dados não beneficiou todos por igual e que a tarefa da ONU é assegurar que os dados estejam disponíveis para todas as pessoas.
O Fórum foi encerrado com o lançamento da Declaração de Dubai, que tem como objetivo mobilizar o financiamento nacional e internacional e garantir o compromisso político dentro de cada pais para a determinação adequada de recursos nacionais para fortalecer os sistemas de dados
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Fontes: “Sin igualdad de datos no puede haber igualdad de género”
Tres cosas que debes saber sobre la revolución de los datos
Foto: Creative Commons por Pixabay