Na sexta-feira, 12 de maio, um ciberataque em escala mundial afetou a 200.000 vítimas em 150 países, entre essas empresas, organizações e instituições governamentais
WannaCryptOr 2.0. (Quero chorar), é o nome do vírus que protagonizou o mais recente ciberataque maciço em escala global que conseguiu bloquear o acesso aos sistemas informáticos de instituições estatais e empresas de países como Reino Unido, Estados Unidos, China, Espanha, Itália, Vietnam e Taiwan, entre outros.
Costin Raiu, diretor global da área de pesquisa e análise da empresa de segurança tecnológica Kaspersky descreveu o vírus como um “verme” que estava se autorreplicando e se espalhando grande velocidade “através de uma campanha de mensagens maliciosas”.
Uma vez inserido o vírus/ransomware no computador, a tela bloqueada mostra um aviso que exige um pagamento de 300 US$ em moeda eletrônica bitcon, em troca de liberar o sistema. Além disso, exige que o pagamento seja realizado em uma data determinada ou do contrário os arquivos serão eliminados.
Vítimas do ciberataque no mundo
Na França a Renault, fabricante de veículos, afirmou que parou a produção em suas fábricas como consequência do ataque. Na Espanha, a Telefónica foi a principal afetada pelo ransomware, estendendo-se aos países nos quais opera, por exemplo a Argentina, onde tiveram que paralisar todas as atividades.
Outra vítima na Europa foi o Reino Unido, provocando o caos no sistema hospitalar de 45 organizações de serviços de saúde na Inglaterra e Escócia.
Estados Unidos também sentiu o golpe. A empresa de transporte, Fedex informou em um comunicado “estamos sofrendo interferências com alguns de nossos sistemas baseados no Windows”.
Atenção em cibersegurança
Juan Eliseo Carrasco, administrador de sistemas informáticos da FUNIBER afirma que “os ciberataques são uma espécie de pedágio que a evolução tecnológica cobra. É importante manter-se alerta e gerar consciência nas organizações para ter a capacidade de prevenir estes ataques, evitando abrir e-mails que contenham arquivos anexos suspeitos, por exemplo”.
Os indivíduos, grupos ou organizações cada vez são mais vulneráveis a este tipo de ataques por isso Javier Hernández, tutor dos mestrados da área de Tecnologias da Informação que a FUNIBER patrocina recomenda estudar como prevenir os ciberataques, especialmente na América Latina. O nível de resposta da região não está preparado para este tipo de incidentes informáticos e se deve a que a cibersegurança não tem o protagonismo suficiente. “A isto se acrescenta o estado atual da legislação sobre o delito cibernético, que requer reformas urgentes e atualizações em correspondência com o avanço das TICs em âmbito mundial”, remarca Hernández.
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