Neurocientista apresenta um futuro com nova percepção da realidade para os humanos a partir do desenvolvimento da tecnologia
As conferências TED são conhecidas pela qualidade e inovação dos temas apresentados, quase sempre por especialistas destacados das mais diversas áreas do conhecimento. As palestras podem ser vistas gratuitamente, com legendas em vários idiomas. Na área de Tecnologia, uma série de apresentações apontam novidades sobre o futuro.
Na palestra realizada em 2015, o neurocientista David Eagleman, também autor e criador de uma série televisiva sobre o cérebro (“The Brain”), apresenta em pouco mais de 20 minutos como podemos expandir a nossa realidade como seres humanos através do sensorial.
Com a pergunta “Podemos criar novos sentidos para os humanos”, Eagleman descreve no vídeo a pesquisa realizada sobre substituição sensorial. No estudo, pessoas com deficiências visual ou auditiva ganham uma nova percepção através de mecanismos alternativos. Por exemplo, surdos poderiam “ouvir” através de coletes sônicos que transformam vibrações em informação auditiva.
De acordo com Eagleman, estamos presos numa fatia muito fina de percepção do mundo. “Considere as cores do nosso mundo. São ondas de luz, radiações eletromagnéticas refletidas pelos objetos, que atingem receptores especiais no fundo dos nossos olhos. Mas não vemos todas as ondas que existem. Na verdade, vemos menos de 10 trilionésimos de todas que existem”, afirma.
A questão principal é que não podemos ver porque não estamos equipados com os sensores adequados. “A nossa experiência da realidade é limitada pela nossa biologia”, diz.
Cérebro: o ponto-chave
O cérebro é capaz de captar os sinais eletroquímicos que chegam até ele por meio de vários “cabos de dados”, diz Eagleman. O cérebro transforma os sinais em padrões e monta significados para a nossa experiência. Então, a pergunta essencial que poderá mudar nosso futuro é: Como podemos usar a tecnologia para adicionar novos sentidos, expandir a percepção humana? A diferença estará em acessar a informação de enormes quantidades de dados para experimentá-los diretamente.
“Então, eu acho que não existe um fim para as possibilidades no horizonte para a expansão humana”, prevê o neurocientista. Imagine por exemplo que você poderá ter uma visão de 360 graus a partir de novas tecnologias de sensores. “Conforme nos movemos para o futuro, seremos cada vez mais capazes de escolher nossos dispositivos periféricos”, afirmou.
Na FUNIBER, os cursos na área de TI capacitam os alunos para poder lidar profissionalmente com as mudanças de uma sociedade que se transforma com rapidez.
Abaixo, poderá ver a conferência completa:
Fontes: http://fnbr.es/3hx, http://fnbr.es/3hy
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