Whatsapp sai na frente na codificação da comunicação virtual; iniciativa parece virar tendência entre empresas tecnológicas
No dia 6 de abril, o serviço de mensagens Whatsapp começou a cifrar todas as mensagens enviadas e recebidas para evitar o vazamento de dados. Chamada de criptografia de ponta-a-ponta, cada mensagem, vídeo, fotografia, arquivo e áudio enviados através do aplicativo serão codificados. A tendência, que espera proteger os usuários, vai aumentar entre os principais gigantes tecnológicos, como são o Facebook e o Google.
Na página do site da empresa que anuncia a implementação dos códigos, a empresa defende a proteção da privacidade dos usuários e afirma acreditar que a medida possa servir de exemplo para uma comunicação pessoal livre de regimes políticos, opressores e hackers.
“As pessoas merecem ter segurança. Isso possibilita que elas se conectem com as pessoas amadas. Ela nos dá confiança para expressarmos opiniões. Ela permite que troquemos informações sensíveis com colegas, amigos e outras pessoas”, escreveu no próprio perfil de Facebook o responsável pelo aplicativo, Jan Koum.
Proteção, segurança e liberdade de expressão
A codificação das mensagens aparece num momento delicado que vivem as empresas de tecnologias que vêm sendo pressionadas para liberar informações de usuários. No caso da Apple, há uma batalha legal entre a companhia e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos que debatem agora as liberdades civis e a segurança pública.
A Apple apresentou um recurso solicitando a anulação do pedido de um tribunal para ajudar o FBI a desbloquear um telefone utilizado por um dos autores do tiroteio que aconteceu na cidade de San Bernardino, em 2015, e resultou em 14 mortos e 22 feridos.
A empresa recusa o desbloqueio por considerar que a ação poderá ter repercussões prejudiciais à liberdade civil, à sociedade e à segurança nacional.
No Brasil, a companhia Whatsapp foi bloqueada judicialmente por negar compartilhar dados de conversas de um suspeito criminoso, e esteve algumas horas sem serviço.
Os estudantes da FUNIBER na área de TI devem estar atentos aos processos de cibersegurança, já que o tema se situa cada vez mais central no setor.
Fontes: http://fnbr.es/2og, http://fnbr.es/2oh
Foto: Todos os direitos reservados