Pesquisas com grafeno indicam possibilidades “quase infinitas” de uso que poderão revolucionar o setor de TIC
Há muita expectativa em relação ao grafeno, folha de carbono com átomos densamente compactados capaz de conduzir calor e eletricidade. O termo foi cunhado em 1962, por Hanns-Peter Boehm, mas foi só em 2010 que cientistas da Universidade de Manchester comprovaram por meio de experiências inovadoras em relação ao grafeno as propriedades extraordinárias do material. As pesquisas lhe renderam o Prêmio Nobel de Física de 2010.
Agora, por todos os lados se realizam estudos para avaliar o potencial de aplicação do material. Na área de novas tecnologias, o grafeno poderá substituir o silício, por apresentar uma eficiência superior como condutor de eletricidade.
Durante o recente encontro de telefonia, o Mobile World Congress, um pavilhão inteiro estava dedicado ao grafeno que promete revolucionar o setor da telefonia nos próximos anos. Durante o encontro, pode-se ver experimentos como telas de telefone flexíveis como uma folha de papel. De acordo com Frank Koppens, coordenador científico e tecnológico do pavilhão, “haverá telas flexíveis no mercado de telefonia móvel dentro de uns três anos”.
Incentivo à pesquisa
The Graphene Flagship é um projeto criado pela Comissão Europeia para impulsionar aplicações deste material na Europa, com a injeção de 1 milhão de euros para pesquisas. O objetivo do projeto é conseguir que grandes empresas comecem a utilizar o material. As pesquisas vêm demonstrando possibilidades “quase infinitas” de aplicação.
Koppens afirmou no jornal ElPaís.com como o material servirá para os centros de armazenamento de dados: “”Nos próximos anos, os dados que armazenem companhias como Facebook ou Google se multiplicarão por dez”, disse. Para ele, o grafeno servirá de apoio e pode evitar a quantidade de energia utilizada hoje para manter funcionando os data centers.
Atualmente The Graphene Flagship coordena 142 grupos de pesquisas acadêmicas e industriais em 23 países, e espera incentivar a produção e a aplicação do material na região para garantir que a Europa esteja na ponta das novidades tecnológicas.
Grafeno na América Latina
Na América Latina, o primeiro laboratório de grafeno foi instalado este mês, na região central de São Paulo (Brasil). O laboratório ocupa uma área superior a 4 mil metros quadrados, distribuídos em nove andares no campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O espaço foi construído em parceria entre a instituição, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A construção custou cerca de R$100 milhões.
Para os estudantes de TI da FUNIBER, o tema promete mudar em muito os estudos no campo das tecnologias.
Fonte: http://fnbr.es/2jc, http://fnbr.es/2jd
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