Adrián Silisque é de Humahuaca (Argentina), cidade de que é embaixador cultural desde 2014. Engenheiro informático, fez o curso de Direção e Produção de Cinema, Vídeo e Televisão da FUNIBER e depois, um Mestrado em Direção e Produção em 35mm. Atualmente mora em Berlim e escreve o terceiro volume da sua trilogia Inkakuna. Recentemente, Adrián ganhou em primeiro lugar o Prêmio da Ibértigo – Mostra de Cinema Ibero-americano, pelo roteiro Don Quijote en Lanzarote.
Antes desta premiação, o ex-aluno bolsista da FUNIBER tinha chegado a ser finalista em diversos outros concursos, como o Prêmio Hemingway 2015 na Francia, em que participavam escritores profissionais. Mas o Prêmio da Ibértigo foi o que lhe rendeu o primeiro ‘primeiro lugar’.
Perguntado sobre o segredo do seu roteiro premiado, Adrián indica que tem um componente fundamental que o leva a ser atrativo. “Não se trata de um simples capítulo na vida de Don Quijote. Achei interessante pensar na ideia de o famoso Alonso Quijano encontrar o seu criador, Miguel de Cervantes Saavedra. O que lhe diria? Do que falariam? E ainda propor uma reflexão sobre quem inventa quem. É o autor o que cria uma história ou é a história a que busca o autor para perpetuar?”, provoca.
Inkakuna, a trilogia sobre a cultura inca em que atualmente trabalha, também nasceu de um roteiro cinematográfico. Mas ao ver a magnitude do projeto, Adrián considerou uma boa ideia transformá-lo em um livro, já que também gostava da narrativa em prosa. “Quando me perguntam porque resolvi escrever, respondo que por obrigação, porque ninguém aceitaria um projeto épico de um novato”.
O projeto Inkakuna, que busca difundir a cultura inca, foi divulgado em diferentes blogs e levou, inclusive, à criação de um jogo virtual. Adrian acredita que, atualmente, a forma de interagir com as histórias mudou, já que os leitores e os espectadores já não são mais passivos; querem ser parte do projeto. Por isso, aposta pela narrativa transmídia, que busca narrar complementarmente uma mesma história por distintos meios, com ênfase na experiência que cria no público.
As novas formas de comunicação exigem profissionais formados adequadamente e de forma crítica. Por isso, os alunos dos cursos da Área de Comunicação da FUNIBER têm a oportunidade de adquirir conhecimentos para realizar processos de comunicação eficazes em todas as fases do processo comunicativo: criação, processamento, armazenamento e distribuição da informação.
Fonte: http://fnbr.es/1mz, http://fnbr.es/1my, http://fnbr.es/1n0, http://fnbr.es/1n1
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