Um estudo comprovou que consumir alimentos ácidos pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2. De acordo com os especialistas, uma maior carga de ácido no corpo pode resultar em complicações de saúde, incluindo uma menor sensibilidade à insulina, o que pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.
A carne, os ovos e os produtos lácteos são alimentos que podem elevar a carga ácida do organismo, por isso os pesquisadores recomendam um maior consumo de frutas e verduras para manter uma menor carga ácida.
“Comprovamos pela primeira vez em um estudo prospectivo de grande tamanho que a carga ácida da dieta está associada positivamente ao risco de diabetes tipo 2, independentemente de outros fatores de risco conhecidos da diabetes”, indicaram os especialistas encarregados do estudo.
O estudo foi realizado analisando a evolução da saúde de mais de 66 mil mulheres na Europa, com um acompanhamento de 14 anos. Durante este período, quase 1.400 mulheres foram diagnosticadas com diabetes tipo 2.
As mulheres que tinham dietas mais ricas em alimentos ácidos tinham 56% mais de probabilidades de desenvolver diabetes, em comparação com as mulheres que consumiam menor quantidade de alimentos ácidos, de acordo com os dados revelados pelo estudo publicado na revista Diabetología.
Deve-se destacar que os pesquisadores indicam que são necessários mais estudos para determinar claramente se os produtos animais têm uma relação direta com o desenvolvimento de diabetes.
Por sua vez, o Dr. Guy Fagherazzi e a Dra. Francoise Clavel-Chapelon, do Centro de Pesquisa em Epidemiologia e Saúde da População do INSERM, em Paris, indicaram que “uma dieta rica em proteínas animais poderia favorecer o consumo líquido ácido, enquanto que a maioria das frutas e verduras forma precursores alcalinos que neutralizam a acidez”. Os pesquisadores indicaram que a maioria das frutas, inclusive os cítricos, como limão e laranja, reduz a carga ácida da dieta após serem processados.
FONTE: Diabetologia, news release, Nov. 11, 2013
Foto: Alguns direitos reservados por Guillaume Brialon/Flickr.