A tênia do porco (Taenia solium), ou lombriga solitária em estado larval pode causar uma infecção no sistema nervoso central conhecida como neurocisticercose. Quando uma pessoa ingere alimentos contaminados com os ovos da tênia, estes migram para diferentes partes do corpo e formam cistos, quando algum desses cistos se aloja no cérebro, produz uma neurocisticercose, uma doença que entre outras coisas é causa frequente de epilepsia. O Albendazol, ou Prazinquantel são utilizados para matar o parasitas, mas seu uso é controverso pelos efeitos secundários, sobretudo tendo em conta que sob determinadas circunstâncias os parasitas podem morrer sem necessidade de tratamento específico.
O Ministério de Desenvolvimento Internacional da Inglaterra financiou uma pesquisa a cargo da Escola de Medicina Tropical do Grupo de Saúde Internacional de Liverpool para analisar os resultados de tratamentos contra a neurocisticercose ao utilizar albendazol ou placebo. Ao realizar a análise de bases de dados Medline, EMBASE, a biblioteca Cochrane, entre outras, foram identificados 21 estudos com 2080 pacientes sob observação.
Ao analisar os dados de seus estudos com 570 participantes, acharam que a persistência das lesões ao final do acompanhamento foi semelhante entre o pacientes tratados com albendazol e aqueles que receberam o placebo ou não foram tratados. Em dois ensaios com 192 participantes a administração do Albendazol foi associada com menor presença de lesões durante o acompanhamento. Em um trabalho com 116 participantes não foram observadas diferenças na frequência das convulsões entre o grupo que recebeu Albendazol e o grupo que não recebeu tratamento. Adicionalmente, em 4 outros estudos com 329 crianças com lesões não viáveis, foram identificadas uma menor recorrência de convulsões nos pacientes tratados com o medicamento em comparação com os não tratados.