Reduções de emissões: uma meta realista para 2035?

A mudança climática é um dos desafios mais urgentes que o mundo enfrenta atualmente. Um novo relatório do Center for Global Sustainability (CGS) da Universidade de Maryland oferece um vislumbre de esperança: com políticas climáticas mais ambiciosas, os Estados Unidos poderiam alcançar uma redução de 65% nas emissões de gases de efeito estufa até 2035, em comparação com os níveis de 2005. Lançada na Semana do Clima em Nova York, essa análise destaca a importância de uma ação conjunta em todos os níveis de governo e em todos os setores da sociedade.

Políticas necessárias para a redução de emissões

O relatório compara as políticas atuais com alternativas mais ambiciosas que poderiam transformar o cenário ambiental. Ele propõe uma extensão de cinco anos dos incentivos para energia limpa, transporte limpo e eficiência energética sob a Lei de Redução da Inflação de 2022 e a Lei de Infraestrutura Bipartidária de 2021. Essas mudanças não apenas impulsionarão a geração de energia solar e eólica, mas também incentivarão o aumento das vendas de veículos elétricos e o uso de tecnologias elétricas para aquecimento de água e de ambientes.

No entanto, o estudo adverte que, se as políticas atuais implementadas durante o governo Biden forem revogadas, as reduções de emissões poderão ser limitadas a 48% até 2035. Isso não está apenas abaixo da meta de 50% estabelecida para 2030, mas também reflete a necessidade urgente de manter e fortalecer as iniciativas existentes.

A urgência das mudanças climáticas

Este relatório chega em um momento crucial, pois os Estados Unidos se preparam para atualizar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) até 2035, uma exigência do Acordo de Paris. Esse acordo tem como objetivo evitar que as temperaturas globais subam acima de 1,5°C, o limite no qual são previstos efeitos catastróficos das mudanças climáticas.

Retrato de uma garota segurando uma placa com o texto “save our planet” (salve nosso planeta).
Se os Estados Unidos pretendem enfrentar a crise climática, terão de tomar medidas em todos os níveis do governo e da sociedade.

Ryna Cui, diretor interino do CGS, enfatiza a importância da ação coordenada: “Se os Estados Unidos pretendem enfrentar a crise climática, precisarão agir em todos os níveis do governo e da sociedade”. Essa declaração repercute especialmente entre estudantes e profissionais da área ambiental, que podem desempenhar um papel fundamental na implementação de soluções sustentáveis.

Colaboração para um futuro sustentável

A análise do CGS baseia-se em sessões de escuta com uma ampla variedade de partes interessadas, incluindo líderes do setor privado, representantes estaduais e municipais e organizações de ensino superior. Essa diversidade é fundamental para o desenvolvimento de uma abordagem abrangente que aborde a crise climática de vários ângulos.

Gina McCarthy, copresidente executiva da America Is All In e ex-conselheira climática da Casa Branca, reafirma a importância da colaboração: “Enquanto os Estados Unidos se preparam para divulgar suas próximas metas climáticas para 2035, estou confiante de que podemos ir ainda mais longe com a ajuda de cidades, estados, nações tribais, empresas e instituições de todo o país”.

Conclusão: um chamado à ação

A possibilidade de reduções significativas de emissões nos Estados Unidos oferece um caminho promissor para um futuro mais sustentável. A ação coletiva e o comprometimento de todos os setores são fundamentais para atingir essa meta. Para estudantes e profissionais da área de meio ambiente, essa é uma oportunidade de se envolver na criação de um futuro sustentável, no qual suas habilidades e conhecimentos serão essenciais para enfrentar os desafios climáticos.

Ao estudar na área de Meio Ambiente, você não apenas se preparará para um mundo em constante mudança, mas também contribuirá para soluções inovadoras que ajudarão a mitigar o impacto das mudanças climáticas – a hora de agir é agora!

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Fonte:

Estudo mostra que os EUA podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 65% até 2035