Esforços para proteger algumas espécies de símios no México

Estudos estão sendo realizados para proteger três espécies de símios no México

No México, foi reconhecido que os macacos das espécies: aranha, uivador negro e pardo estão em perigo de extinção. Para proteger estas espécies, Juan Carlos Serio Silva, um pesquisador do Instituto de Ecologia (Inecol) iniciou um estudo que permitirá preservar estas espécies de símio em perigo de extinção.

Atualmente, o maior desafio para o governo mexicano consiste em frear o corte indiscriminado de árvores. De acordo com os dados da Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (Conabio), cerca de 77% da cobertura original das selvas tropicais do sudeste mexicano foi perdida ou degradada como consequência da atividade humana. Os macacos são muito sensíveis às mudanças ambientais, devido aos seus hábitos arborícolas e sua alimentação baseada em frutos, sua vida pode ser ameaçada pelo corte de árvores.

Juan Carlos e sua equipe de pesquisa estão desenvolvendo um estudo que permitirá medir o impacto que as perturbações no hábitat no sudeste mexicano têm sobre as populações de macacos que vivem na região.

Na maioria das vezes, as modificações no terreno são produzidas para iniciar atividades agrícolas ou pecuárias. Em consequência das modificações no terreno, os símios mudam seus hábitos e, de acordo com o pesquisador, podem ser vistos no solo interagindo com cães, porcos ou outros animais, fazendo coisas “que não deveriam fazer”, ressaltou Juan Carlos.

O pesquisador manifesta que vem trabalhando com as comunidades de Tabasco e Balancán em atividades de reflorestamento, procurando envolvê-los nas atividades de conservação que beneficiem os símios da região. São ministradas oficinas para a formação de cercas vivas que permitam criar corredores que conectem os fragmentos para que os símios possam ter maior liberdade para deslocar-se e ocupar as árvores na região.

O especialista indicou que foi criado um programa denominado “Dando árvores aos macacos uivadores” no qual se entregam árvores a grupos de pessoas para que as semeiem e tenham consciência do impacto que a atividade humana tem na região.

O estudo de Juan Carlos abrange também a pesquisa em torno das doenças que afetam às comunidades de micos, os estudos sobre nutrição e o impacto que a presença de metais pesados tem na saúde dos símios. O pesquisador procura também difundir que é necessário trabalhar em estratégias de educação ambiental para a conservação do hábitat e dos símios.

Os estudantes da área Ambiental da FUNIBER procuram colaborar no desenvolvimento de estratégias de educação ambiental para conseguir que certas populações reduzam o impacto ambiental de suas atividades.

 

Fontes:  El informador

Fotografia: Wikipedia