O furacão mais forte do Pacífico passou pelo México

Com ventos de 325 km/h, o furacão Patrícia tocou a terra no México na sexta-feira 23 de outubro às 17:40 horas

O furacão Patrícia, qualificado como nível 5 na escala Saffir-Simpson, ingressou no território mexicano nas proximidades dos municípios de La Pomar e Cihuatlán, na área de Jalisco. As autoridades da Comissão Nacional da Água (Conagua) do México qualificaram o fenômeno meteorológico como “extremamente violento” e advertiram que poderia ser “muito catastrófico”.

Considera-se que um furacão pode ser qualificado como categoria 5 na escala Saffir-Simpson se registrar ventos que superem os 250 km/h, e poderia causar sérios danos em edifícios e inundações importantes ao longo da costa. No caso do furacão Patrícia, prognosticou-se que poderiam registrar-se até 300 milímetros de chuva nas zonas de Jalisco, Colima e Guerrero, sendo possível que se registrem precipitações de até 500 milímetros.

Patrícia, um furacão com olho de 10 quilômetros de diâmetro, registrou uma pressão central mínima de 879 milibares e conseguiu ultrapassar a marca de 882 milibares estabelecida pelo Wilma, em 2005. Este furacão surpreendeu os especialistas do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que indicaram que a força dos ventos intensificou-se em 157 km/h em menos de 24 horas, e a capacidade do Patrícia para passar da categoria 1 a categoria 5 em menos de 10 horas resultou “extraordinária”.

A organização Meteorológica Mundial (OMM) considerou que a magnitude do Patrícia é equiparável a do tufão Haiyan, que causou a morte de 10 mil pessoas em 2013 nas Filipinas. Haiyan registrou ventos de 315 km/h.

Patrícia foi considerado pelos pesquisadores como “o furacão mais forte registrado até a data” na zona do Pacífico, e foi batizado por alguns especialistas como “o monstro” pela força que adquiriu rapidamente antes de tocar a terra. Felizmente, a passagem deste furacão pelo território do México não causou mortes. Nos registros mexicanos, sabe-se de um furacão que tocou a terra em 1959, em Puerto Vallarta, e causou a morte de 1,800 pessoas.

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Fontes: http://fnbr.es/1pfhttp://fnbr.es/1pghttp://fnbr.es/1ph

Fotografia: NASA