Uma recente publicação da revista New Scientist indica que se poderia fazer uso de antigos canais fabricados pela cultura Wari para solucionar a falta de água que afeta a cidade de Lima atualmente. Utilizando a tecnologia criada por uma cultura ancestral pode-se atrasar a perda de água nos rios da capital peruana durante os meses secos.
O projeto foi aprovado pelo SEDAPAL, entidade encarregada da administração de água na capital do Peru, e destinou-se um fundo de 23 milhões de dólares para a reparação de aproximadamente 50 “amunas”, nome original dos canais construídos antes da presença da cultura Inca no território peruano. Ao parecer, pode-se reparar as amunas com uma mescla de cimento para evitar saídas de água.
Reparar as estruturas ancestrais permitiria capturar água de alguns rios das montanhas durante a temporada de chuvas e alimentar posteriormente os rios Chillón, Rímac e Lurín, para manter um fluxo constante de água durante todo o ano, inclusive durante a temporada seca.
O projeto foi exposto pela ONG Condesan, uma organização não governamental que opera em Lima. De acordo aos dados apresentados pela ONG, a capital peruana padece de secas durante sete meses ao ano, mas a reparação das amunas permitiria incrementar a disponibilidade de água até alcançar 26 milhões de metros cúbicos, conseguindo reduzir o déficit de água em até 60%.
Os estudantes de Mestrados e Especializações em Meio Ambiente da FUNIBER analisam propostas que reduzam o impacto de soluções como as aqui expostas, para melhorar a qualidade de vida em cidades que possam aplicar recursos similares.
Fonte: Newscientist
Fotografia: Alguns direitos reservados por Jared