Nesta quinta-feira, 18 de junho, será publicada oficialmente a Encíclica Laudato Si, um documento escrito pela máxima autoridade da igreja católica em que se abordam temas como o problema da água, a perda da biodiversidade, a relação do desenvolvimento econômico com a degradação ambiental, entre outros temas relevantes na atualidade. O Papa Francisco indicou que o documento é dirigido a todos (não só aos católicos) e ressaltou que devemos renovar a atenção “sobre a degradação ambiental e sua recuperação em cada território”. Fontes do Vaticano informaram que vazou uma versão italiana do documento.
A apresentação do documento estará a cargo do cardeal Peter Turkson. Participarão também do anúncio Giovanni Zizioulas, representante do patriarcado ortodoxo de Constantinopla e o cientista Schellenhuber, fundador e diretor do Instituto Potsdam para a Pesquisa sobre o Impacto Climático. Com estes convidados, o Papa pretende estender sua mensagem a todas as pessoas do planeta.
O documento, de acordo com fontes confiáveis, faz um chamado para a redução das emissões de combustíveis fósseis e pede a atenção dos católicos para atuar em suas respectivas localidades, agindo na recuperação “no próprio território” para fazer com que pequenas ações locais sejam somadas visando alcançar uma mudança em termos globais. A Encíclica Laudato Si chega em um momento crucial, alguns meses antes da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP21) a ser realizada em Paris.
O documento apresentado pelo Papa Francisco será muito relevante para que os católicos assumam uma nova visão com respeito ao desenvolvimento econômico e sua relação com a ecologia. O portal Infovaticana indica que, no ponto 16 do documento, são apresentados os pilares da encíclica que, entre outros pontos, inclui: “a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta; a crença de que tudo no mundo está estreitamente relacionado; a crítica do novo paradigma e as formas de poder que surgem da tecnologia; um convite à busca por outras formas de entender a economia e o progresso; o valor intrínseco de toda criatura; o sentido humano da ecologia; a necessidade de debates sinceros e honestos; a grave responsabilidade da política local e internacional; a cultura do descarte; e a proposta de um novo estilo de vida”. Sem dúvida, um documento que pode ter impacto na economia global.
O cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga leu o documento e afirmou que o texto vai colocar “o dedo na ferida” de alguns temas que nos preocupam atualmente e afirmou que vai mencionar claramente as responsabilidades das grandes corporações na destruição do planeta.
O documento busca alcançar uma mudança nas pessoas. Neste sentido, o capítulo final da encíclica propõe desenvolver um novo estilo de vida que alcance uma “aliança entre a humanidade e o ambiente”.
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Fonte:
http://fnbr.es/16o