O Ministério do Meio Ambiente lança nesta segunda-feira (21/9), a segunda fase do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), durante VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que teve início neste domingo (20/9) e vai até 24 de setembro, em Curitiba (PR). Além do lançamento também será iniciada a consulta pública do programa.
O Ministério do Meio Ambiente aproveita o encontro que reúne especialistas do Brasil e exterior para apresentar os objetivos e diretrizes da nova fase do programa, que começará a ser desenvolvida em 2010 e alcançará mais 20 milhões de hectares de áreas protegidas. A secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, fará a apresentação das estratégias do Ministério para garantir a conservação das florestas brasileiras.
Junto com a segunda fase do Arpa, será lançado o Mapa Amazônia Brasileira 2009, em edição especial para o Programa. Atualmente o Arpa abrange cerca de 32 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs), com o objetivo de consolidar as áreas com ações de sustentabilidade financeira, contemplando o apoio ao desenvolvimento das comunidades locais.
Também será apresentada a revisão dos pilares para a conservação, com toda a experiência do Ministério do Meio Ambiente para a proteção das florestas brasileiras, dentre elas dados sobre os custos para gestão de unidades de conservação e o quanto podem gerar de benefícios. “Vamos mostrar que o custo é muito pouco perto dos benefícios que geram as UCs”, ressalta Maria Cecília.
Como parte da programação do congresso, de 21 a 23 de setembro o Ministério vai realizar o seminário “Cidades Costeiras Sustentáveis: Unidades de Conservação Costeiras e Marinhas como instrumentos de gestão”, para debater a importância de criação de unidades de conservação para a proteção costeira e marinha.
O Brasil tem uma área costeira que se estende por mais de 8.500 km, abrangendo 17 estados, e é destino de milhões de turistas brasileiros e estrangeiros. Esta área, se não conservada, fica vulnerável a fenômenos da natureza. “Um exemplo disso é o caso da tsunami na Ásia. Os maiores estragos foram registrados em áreas em que não haviam mais manguezais e recifes de corais em boas condições de preservação”, alertou Maria Cecília.
O CBUC é organizado pela Fundação O Boticário com apoio do Ministério do Meio Ambiente.
Mais informações sobre o evento no site www.fundacaoboticario.org.br/cbuc.
Por Carlos Américo, do Ministério do Meio Ambiente